domingo, 21 de dezembro de 2008

... " Há certos comentários " ...

Por vezes há certos comentários que são mais belos que o escrito que lhe deu origem.
Nessa altura, independentemente do pedido formulado que o mesmo não fosse publicado, ganha o direito de ver a luz do dia e de se transformar em um poema.

"
Eu sei. E é por isso que (ainda) aqui estou. E é por isso que um certo "tesourinho" continua na gaveta de onde, no fundo, não desejo que ele saia nunca. E é por isso que ÉS TUDO para mim."

(Anónimo).



Se há coisas que me deixam sem palavras, esta é sem duvida uma delas.

Deixo-te, a ti, este poema declamado por este grande trovador que cada vez que o escuto me faz desejar e acreditar num novo amanhecer.

Um beijo, sentido, para ti. E obrigado por existires.

" és natural " - Gian Franco Pagliaro

... " Nesses dias " ...

Por vezes os meus dias também vivem do silêncio, quando a vida se satura das palavras gritadas que não possuem retorno.

Nesses dias sinto um cansaço, imensurável, que tento ultrapassar usando a tinta e o papel.

Nesses dias grito bem alto a solidão que sou obrigado a sentir, que é só minha e de mais ninguém.
Nesses dias estou de luto sem eu saber de quem, sem saber de quê.

Nesses dias silencio o meu coração que mantém viva um chama que já não arde...

Nesses dias brotam da minha boca palavras que já não tem letras...

Nesses dias tento silenciar o tempo que teima em passar, enquanto o velho relógio da parede permanece inalterado.

Nesses dias tento silenciar a solidão, sempre que olho para o lado e vejo alguém...

Nesses dias tento silenciar... o próprio silêncio...

...

Nesses dias...





sábado, 20 de dezembro de 2008

Beautiful Maria of my soul

Há filmes,
canções,
fotografias...,
que nos fazem viajar no tempo...,
e que valem por mil palavras ...



sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

... " O teu retrato " ...



Sabes...,
depois de teres desligado
o telefone, fiquei a pensar na conversa sentida
que tivemos.
Peguei num papel
e tentei desenhar-te, mas daquela única forma
que uso para desenhar,
escrevendo!

Li e reli cada frase, cada palavra, e fui desta maneira tentando descrever cada pormenor sublime de ti,
todos os traços, todas as sombras, tentando não esquecer nenhum detalhe, nem aqueles que por certo pareceram menos evidentes.

Mas sabes, só no final percebi que jamais alguém te conseguiria identificaria neste meu desenho.

Pois eu guardo, comigo, uma imagem única de ti.

Tal como quem fecha as mãos em concha e tenta guardar um pedaço de vento...

..." Lá fora está frio " ...



Lá fora está frio,

faz vento e chove de forma intensa.

O Inverno chegou com toda a sua força e esplendor!

De aquecedor ligado, vou aproveitando o que as noites longas têm para oferecer.

Um bom livro e uma música suave, servem-me mais uma vez de companhia.


Ouvir o bater da chuva nas vidraças das janelas e o vento a soprar,

dá-me uma sensação magnifica de conforto,

enquanto me deito no velho sofá da sala e entrego-me ao descanso merecido de mais um dia de trabalho.


Mas há dias, como o de hoje,

em que tudo me parece incompleto, distante e frio.

O calor que o aquecedor liberta mão me conforta,

a musica não me consegue preenche,

a tempestade invade-me de uma forma alucinante e junta-se à solidão como o vento que fustiga, incessantemente, as janelas.


Há noites, como a de hoje, em que tudo isto me dói de forma inimaginável.


Sabes, efectivamente, de nada serve todo o conforto do mundo, se ao nosso lado não está ninguém que o queira partilhar...


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

... " Bem hajam " ...


Hoje, no seguimento ao meu último texto, com um título pouco sugestivo “Putas da puta da vida... Putas das outras putas que se acham gente"... recebi alguns telefonemas e mensagens de amigos que, de uma forma ou de outra, quis o destino, fui conhecendo através deste mundo virtual.


Foi, pois, pela vossa atenção e, acima de tudo, pela vossa amizade que, de repente, quase sem dar por isso, reparei que tinha um sorriso à minha espera.


Não um sorriso novo, mas um que se encontrava depositado já a algum tempo na gaveta onde se guardam as emoções que não se esquecem…


Alguém a abriu e fez-me brilhar de novo num sorriso já a muito usado, mas genuíno e muito verdadeiro…


Esta noite dormirei certamente melhor.

Bem hajam a todos vós pela vossa amizade.

... "Putas da puta da vida... Putas das outras putas que se acham gente"...


Se por momentos posso apreciar…

A nudez misteriosa e simultaneamente decadente da velha palavra Puta.
A sua fonética e a sua semântica.

As Putas que, não usando aspas, escrevem tratados e best-sellers sob o lençol manchado de um quarto de hotel de segunda categoria.

O estilo económico e soberano das Putas que, como um bom comentador, condensam a condição humana a uma única frase; “São só vinte euros a mamada”.

A frontalidade profissional com que as Putas vendem numa qualquer esquina um broche feito de uma reles porcelana.

O grande receio Freudiano com que este vocábulo se retêm na nossa consciência colectiva , “podes-me chamar paneleiro, cabrão, mas agora Filho da Puta é que não”.


Já não gosto…

Da maneira reles e vulgar como alguns se vendem sob a capa aristocrática de um cidadão respeitador, cumpridor e bom chefe de família.

De ser violentado quando me faltam ao respeito, como se de um artigo de mercearia de supermercado, a preço de ocasião, me trata-se.

Dos broches mal feitos, quando sou obrigado a engolir até ao fim o esperma agridoce de uma qualquer mentira que me contam.
Que me obriguem a despir-me em publico e depois de me colocarem na posição de quatro, me digam: - “Tu sabes o quanto eu gosto de ti!”.

De ter que abrir as pernas, quando já estou a sangrar, só porque alguém lá de cima do seu púlpito de conhecedor feito me diz: - “aguenta que quero mete-lo todo lá dentro!”.


Na realidade odeio ser esta “puta”, entre aspas, que não possui um peito generoso, não anda de salto alto nem usa mini-saia , mas que sofre aquando dos seus falsos gemidos de prazer.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

... " Cada um só tem o que merece " ...



As imagens que agora me correm na cabeça, magoam-me como se de agulhas se tratassem.

Picam e fazem sangue, mas não se deixam corroer pela falta de verdade...

Na verdade não entendo, como é possível coexistir numa mesma pessoa,

A hipocrisia, a leviandade, a mentira, a falta de respeito pelo outro, a falta de dignidade…


Sou provavelmente um homem de outros tempos…

Sou do tempo em que a palavra tinha um selo, de vida e de respeito…

Diz o ditado que "cada um só tem o que merece”…,

E eu interrogo-me:
- Será que eu tenho aquilo que realmente mereço?


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Companheira "

Deixei pousar minha boca em tua fronte
toquei-te a pele como se fosses harpa
escorreguei em teu ventre como o vento
e atravessei-te em mim como se fosse farpa

Deixei crescer uma vontade devagar
deixei crescer no peito um infinito
morri da morte lenta do desejo
e em cada beijo abafei um grito

Quando desfolho o livro velho da memória
sinto que o tempo passado à tua beira
é um espaço bom que há na minha história
e foi bonito ter dito companheira

Inventei mil paisagens no teu peito
rebentei de loucura e fantasia
quando me olhavas devagar com esse jeito
e eu descobri tanta coisa que não vias

Havia em ti uma forma grande de incerteza
que conseguias converter em alegria
havia em ti um mar salgado de beleza
que me faz sentir saudades em cada dia

Quando desfolho o livro velho da memória
sinto que o tempo passado à tua beira
é um espaço bom que há na minha história
e foi bonito ter dito companheira


música e letra de Pedro Barroso in LP "Roupas de Pátria, Roupas de Mulher", 1987

" Eterno "

Quero que gostes de Pina Baush, ou até já nem gostes,
queiras mais queiras diferente;
que gostes da cor e do risco forte de Miróe do canto desiludido e fundo de Ferré;
quero que aprecies os cheiros sensíveis da eternidade

do grande bruto grande e do pequeno sensível e pequeno;
quero que mores nas páginas da Photo e que, sendo um modelo de virtudes
representes a cortesã mais lassa para mim;
quero-te com mãos de pedra e de veludo;
quero que ames o chique e a Serra d'Aire
mais o safari que a recepção,
quero que mores e sofras nas páginas de Guido Crepaxe
que te irrites com a perfeição absoluta de um retrato de Medina
quero que, se possível vivas dentro do anúncio do Martini
felina e ondulante numa ilha tropical
quero que sejas capaz de divertir-te,
de soltar uma ampla gargalhada,
ante o espectáculo ridículo e obsceno de um homem de Quinhentos

a quem atribuíssem um número de contribuinte
quero que ames o longe e a miragem, como o Régio
e que sejas louca e sábia
que tenhas lábios e mordas,
língua e sorvas,
sexo e sexes,
salto e salto,
riso e rias,
sorvedouro inteiro de vida,
arrepio de garça,
sacudir de cisne,
passos de corsa,
graça de arlequim,
pose de Diva,
corpo de areia e luz.

E quero que me dês,
me dês muito,
que me dês tudo,
e que abras as janelas de par em par ao Tejo
e fecundes um poema em cada gesto
e voes como a gaivota em cada espreguiçar
e partas para a Índia em cada cacilheiro
e que sejas, mores, vivas e creias
longemuito longe daqui...

quero que sejas profundamente minha e ritual
obsessiva e lúcida,
doente,
febril,
tremendo de desejo
disposta a tudo e a mais e a muito mais
,boca de Mundo,
seios de Mármore,
corpo de Alfazema
e sobretudo Mulher
e sobretudo amante.

Se existires assim,
nua,
inteira,
absoluta e pessoal
responde-me

que eu fico aqui,
eterno,
à tua espera.


letra e música de Pedro Barroso in CD «Longe daqui», 1990

... "Sei que Tu sabes… quando me entrego é a 200% "...



Será que tu não te sentes só?.
Que não sentes o frio deste imenso vazio?.

Eu sinto,
Sempre que me entrego a ilusão de nós imaginar juntos.

A esse tempo em que desejo sentir-me envolto nesses teus ternos braços.

Deixa-me ficar aqui mais um pouco, deixas?.
Eu prometo que me vou quando lá fora parar de chover,
Quando o vento já não estiver à minha espera,
Quando o tempo se esquecer de mim neste teu aconchegante abraço.



Será que um dia, se me leres, vais pensar que isto é uma carta de amor?

Não penses, porque o não é!.

E sabes porque?.
Porque Tu não precisas de cartas de amor,
Não precisas que eu rabisque gatafunhos de tinta num qualquer papel.
Deixa antes que essa tinta se transforme no teu sangue quente e viscoso que te percorre o corpo,
E que escreva na pele das tuas ancas o que sinto, mas em beijos,
e que as minhas mãos rabisquem singelas carícias por esse teu soberano corpo.

Sei que não precisas que te repita o que os meus beijos te podem sussurrar,
O que os meus braços já te confirmaram.
Dizer-te o quanto te desejo a ti já não constitui novidade.
Prefiro sim que o sintas, que o vejas,
Que o tenhas,
Que o tenhamos dentro….

Sei que tudo o que um dia te possa ter dito,
Foi pouco para agora poder explicar esse teu sorriso espontâneo,
Ou aquele teu gesto…

Tudo o que agora te possa comprovar por palavras escritas ao acaso,
Seriam apenas isso, palavras.

Sim, sinto-me só sem ti,
Sem o teu corpo junto ao meu,
Sem poder encaixar o meu corpo no teu,
Ou adormecer sem o teu cheiro mais intimo entranhado em mim.

Sim,
Sinto-me só,
Terrivelmente só.

Hoje sei o quanto é ensurdecedor o barulho que reside neste silencio que me envolve e que teima em querer viver comigo.

Mas será que um dia conseguiremos ficar juntos?.
Será que um dia conseguiremos olhar para ontem com um sorriso de referência,
Com um olhar nostálgico, mas com uma vontade de viver plenamente esta nova vida...

Será que podes ficar mais um pouco?
Ficas mais um pouco por aqui?
Ficas mais um pouco por mim…

domingo, 14 de dezembro de 2008

... " Hoje " ...

Hoje percorro a vida de olhos meio abertos,
com os dentes cerrados,
os punhos fechados,
o passo acelerado,
com os ouvidos entupidos por tudo o que antes ouvi,
a pele impregnada por tudo o que antes me tocou…

Mas aguardo ansiosamente,
o momento,
por poder abrir os braços para aquele abraço que se reflectirá nos olhos de quem realmente nos aceita como somos sem fazer perguntas...

... " Há dias assim "...

Há dias em que realmente nos sentimos muito sós.
Nesses dias opto por ter uma cozinha em perfeito desalinho,
mas apenas para mim,
e se no fim ainda sentir coragem vou passear o corpo já meio vazio para um lugar,
aonde no fundo do copo encontre o sorriso que é meu...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

..." Declaro " ...




















Hoje, num dia qualquer de qualquer ano,
Em qualquer século,
Na posse de todas as minhas plenas faculdades mentais e físicas
E assumindo enquanto vivo e escrevo...


Declaro que me declaro culpado.


Culpado de tudo que não disse,
De tudo que não vi nem ouvi,
Das palavras que não disse a tempo
E das outras, que nunca aprendi.


Preocupei-me por coisas que jamais aconteceram
E passei grande parte da minha vida
Em lugares errados, em horas erradas,
Com pessoas erradas.


Declaro que cheguei tarde a todos e em todos os lugares,
Em que nunca estive antes.
Que encontrei a primavera florida,
A terra repartida
E o céu prometido...
Que tudo o que tenho é mais do que me faz falta
Que no que acreditava, não acredito mais...
Que cometi o pior dos erros:
Sonhei num mundo de pesadelos.


Declaro também, que não há nada mais certo
Que a nossa passagem pela vida
Nem nada é mais falso do que nossa vida a passar.
Que é feliz aquele que não quer nada,
Que não sabe nada, que não se pergunta por nada
E que não se dá conta de nada.
Que de uma mão temida
Pode vir a surgir o amor nela contido
Que tudo que não se da, não se acumula, se perde.
Que somos no final de tudo,
Escravos de algum vício
Ou de alguma virtude.
Que tenho sido fiel somente as minhas dúvidas.


E que o homem mais livre que conheci,
Era preso ao coração de uma mulher.

Gian Franco Pagliaro - "Declaración"






quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

... " A Ti " ...

A ti,

Pelo medo que tenho de que realmente tudo isto se torne novamente verdade um dia...

Porque já acreditei no eterno e aconteceram vozes que me disseram o fim.

A ti, que nada me pedes ou exiges,

Mas que aguardas, tranquilamente, que ancore para sempre na tua vida...

A essa amizade,

Ao acordar de todos os meus dias...



Gian Franco Pagliaro - " Un Hombre Solo "

..." Depois de mim "...

Depois de mim surgiram muitas vidas!

Depois de mim romperam madrugadas em cada nova janela,
e os muros outrora vestidos de cinza, enchem-se de verde.

Depois de mim ouve confrontos nascidos de gestos repetidos no tentar iludir aquela face que um dia o espelho reflectiu.

Depois de mim, eu, e só eu!

Mas se ainda cá estou, então é porque já muitos anos fugiram.

Se o meu velho caderno mudou de tinta e textos,
o Outono,
esse voltou a despir as árvores na rua que passa mesmo a frente da minha porta,
e eu parei para ver se ainda te via,
mas meu amor,
isso foi depois de mim,
e na rua hoje é só o vento que passa.

..." Se me Faltares Tu " ...

De tudo o que se passa
no mundo
Só me importa o que se passa contigo.

Tu és para mim
mais importante
do que o destino
da terra...

Mais importante
que o porvir do homem!

Nenhuma causa
Nenhuma idéia
Nenhuma utopia
Me faria
renunciar a ti.

No fundo
pouco me importa
Se o buraco de ozono
está a crescer...

Ou se a humanidade
desaparecerá
dentro de cem anos!

De nada serviram
As palavras
dos sábios,
Nem os milagres
dos santos!

Não se pôde evitar
uma só guerra
Um só sofrimento
Uma só injustiça
neste mundo...

Desde que o mundo
é mundo!

E eu
Que sou somente
um homem que te ama...
Que posso fazer?

Me diras que sou um egoista!
Talvez!

Que me preocupo
só comigo!
É certo!

Mas eu mesmo
Tu sabes...
sou tu!
E tudo o que te passa
me preocupa!

Todo o resto não conta
Não serve, não vale
Um só sorriso teu!

Se não te tenho
Se algo chegasse a suceder-te
Se por algum motivo
deixasses de amar-me

Para mim seria
o fim do mundo...
De um mundo
que só tu o justificas!
Que só tu dás sentido!

Nenhum esforço
Valeria a pena!
Ninguém jámais
me devolveria tua alma!

Nenhuma mulher
me daria teu amor...
O mesmo amor!

Nenhuma razão
seria suficiente
Para seguir vivo

Se de repente
se por algum motivo
Me faltasses tu...

Meu amor!


Gian Franco Pagliaro


... " Depois de ti " ...

Gian Franco Pagliaro

Este poema é efectivamente escrito com uma grande sensibilidade.

Este texto faz-me pensar que, um dia também eu não quis dizer "depois de ti".

Que não quero voltar a sentir somente as memórias da pele e dos beijos.

Que não quero apenas sentir o vento pelas ruas onde um dia passamos de mãos dadas.

Não é isto que um dia quero voltar a sentir, nem um dia ter que escrever.

Mas, se tiver que ser, se tiver que o escrever, tentarei faze-lo com a mesma intensidade e talvez com a mesma serenidade que este poema me transmite.

Hoje, não posso dizer que fiquei sem palavras...

Hoje, mais uma vez despertaram-me os sentidos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

... " Te Amo " ...

"
Te amo
Te amo de uma maneira inexplicável.
De uma forma inconfessável.
De um modo contraditório.


Te amo com meus estados de animo que são muitos, e mudam de humor continuamente.
Pelo que já sabe,
O Tempo.
A Vida.
A Morte.


Te amo
Com o mundo que não entendo.
Com as pessoas que não compreendo.
Com a ambivalência de minha alma.
Com a incoerência de meus actos,
Com a fatalidade do destino.
Com a conspiração do desejo.
Com a ambiguidade dos fatos.
Ainda quando te digo que não te amo, te amo.
Até quando te engano, não te engano.
No fundo, levo a cabo um plano, para amar-te... melhor.
Pois, ainda que não creias, minha pele sente falta enormemente da ausência de tua pele.


Te amo.
Sem reflectir, inconscientemente, irresponsavelmente, espontaneamente, involuntariamente, por instinto, por impulso, irracionalmente.
Com efeito não tenho, argumentos lógicos, nem sequer improvisados para fundamentar este amor que sinto por ti, que surgiu misteriosamente do nada, que não tem resolvido magicamente nada, e que milagrosamente, de pouco, com pouco ou nada tem melhorado o pior de mim.


Te amo.
Te amo com um corpo que não pensa, com um coração que não raciocina, com uma cabeça que não coordena.
Te amo incompreensivelmente.
Sem perguntar-me, porque te amo.
Sem importar-me porque te amo.
Sem questionar-me porque te amo.


Te amo simplesmente porque te amo.
Eu mesmo não sei porque te amo. "


Gian Franco Pagliaro


... " A Felicidade " ...

Se achas que a tua vida ficou sem uma razão de existir, simplesmente pelo facto de aquele amor que te parecia imortal, acabou, morreu.

E te deixou aquela sensação impregnada de vazio, e dor sem fim.

Acredita que tal como a vida, o amor, nasce e morre, mas nunca deixa de existir.

A Felicidade não reside nessa pessoa que nos magoa, que por vezes nos humilha, ou que não nos respeita.

A verdadeira Felicidade reside, sim, em cada um de nós.

Em momento algum estava explicito que teríamos que amar só uma vez. Mas se todo o amor pode ter um fim, já a vontade de amar e ser amado pode ser infinita.

Hoje acredito que por cada amor que se vai, nesta vida incompreendida, outro surge, embora diferente por certo, para ocupar esse lugar deixado vago.

Ou será que não?...

..." Exposto ao mundo " ...

Estou nu,
Plenamente descoberto.

Se pela nudez me posso expor ao mundo,
Já é, e só,
Pelos teus olhos que me revelo,
Enquanto aos teus encantos me entrego.


Mas de manhã quando saíres,
Não deixes vestígios.

Apaga tudo!
Tudo!!

Para que eu te possa descobrir de novo!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

..." Pensa ..."

Não me procures....

Pensa...

Pois agora apenas sentirás a minha presença.
Nas gotas de suor frio na tua testa,
Na lassidão que prende o teu corpo,
No receio de abrir os olhos ao acordares,
No arrepio da pele..

Sim
Sou eu...
Aquele que te invadiu a alma
Aquele que te acelerou o coração
Aquele que impediu a respiração
Aquele que tomou de assalto as tuas vontades.

Sabes...
Chegou a altura de realizar certos sonhos,
De transformar a minha vida,
De gritar bem alto,
ESTOU VIVO!....

E isto porque...
Já não sou um produto de ti...
Dos teus anseios,
Das tuas carências,
Das tuas angústias,
Das tuas decepções....

Pensa...
Mas com carinho....

... " Sonha comigo..."

Deixa que a noite se abata sobre nós
e que a luz das estrelas sejam as únicas
a banhar-nos os corpos nus deitados e inertes
esperando a visita mútua das nossas almas.

Espera por mim,
espera pelas minhas palavras impregnadas de saudade
e de sentimento.

fecha os teus olhos e vem comigo!
Ancora-te nas minhas asas
e deixa-me levar-te a sentir como
a minha pele é a brisa da tua noite…

Da noite em que te entregas
ao que o tempo havia escrito.

Sonha comigo,
porque eu estarei sempre ao teu lado,
sempre que a noite chegar.

Procura-me!
Procura-me nos teus sonhos e lá,
vais me encontrar.

Na tua alma repousarei,
da tua pele beberei
e da tua boca me alimentarei
para que a força não se esgote
e para que as noites sejam o nosso dia.

Sonha comigo,
que eu sonho contigo...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

... " a véspera "...

Comecei a perder-te naquele dia
em que os nossos olhos disseram tudo.

O silencio já era um adeus.

Mas que importa o dia da perda
quando existiu a véspera?

... " Tears in Heaven " ...

Eric Clapton

..." Orgasmo antecipado ..."


Os teus cabelos cheiram
a oiro e a manhã de neblina
e acendem o cio que reside
nas minhas narinas inquietas.


Os teus cabelos penetram-me
como agulhas macias
nos poros deste meu
já velho corpo.

Infiltram-se de mansinho
violentamente
devagarinho
em cada centímetro quadrado
deste corpo já cansado.

Mas derramam um calor contagiante
inconfundível
que me faz levantar do chão
e gesticular
tal como um enxame de abelhas
que carrega o pólen pela manhã.

Mas,
fiquei a olhar-te
quando tu me olhavas.

Mas,
optei por beber nessa fronteira
que existe entre o prazer e a dor
nessa constante expectativa de gozo
que nos faz recuar e voltar.

Nessa euforia que se sente na pele,
que respira e espera
pela ausência do corpo desejado.

Sabes ...
existem orgasmos antecipados
no transito destes meus olhos.

Dorme bem...

domingo, 23 de novembro de 2008

..." Everything ..."

Para ti ...


Lifehause

com legendas

" Love Story "

E se a vida é um emaranhado de muitas historias...,
porque não fazer da nossa vida uma verdadeira historia...,


Richard Clayderman

" Panis Angelicus "

Nesta noite fria de final de Novembro,

escuto de uma forma incessante,

esta musica,

esta voz de anjo que me arrepia,

que me faz desejar um novo amanha,

... na vá esperança de que nesse novo dia

nada mais seja igual...


Celtic Womam

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

" Ave Maria "

Há musicas que nos preenchem a alma,

e nos fazem acreditar num novo amanhã...

Celtic Woman

Sarah Brightman

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

... " O eterno momento ..."

" Acordar cansado, vestir à pressa, correr sem saber bem porquê.
A saudade que me invade é de um tempo que eu não vivi.
Compus a gravata e nela enforquei o sentimento, esvaziei o coração cá dentro e compassadamente marchei ao som do hino que não aprendi.
Num desatino faço fogo sem matar, na função que me ocupa o dia, sinto a alegria fugir e esvoaçar como uma ave que troça de mim.
Tudo corre a passo acelerado, mas ao mesmo tempo, a esmo e aleatoriamente, tudo parece estar parado.
Como numa fotografia, que sugere movimento, mas nela nada se move, nem mesmo o vento. O silêncio que nos grita ao ouvido chama-se solidão.
O ruído que nos persegue, companhia.
As cores pronunciam-se como bâton nos lábios, mas logo surgem esbatidas como matizes de Outono tardio.
Tudo faz sentido desde que falte sentido e orientação.
Vida, esse quadro pintado a carvão."


Hoje quando li este pequeno, grande, texto, senti como que estas palavras tivessem vindo ao meu encontro.
Não me recordo de quem as escreveu ou qual a causa que o motivou.
Mas talvez tenha sido a tristeza, ou um simples vazio de alma.

Sem saber porque ultimamente acordo cansado. talvez cansado de estar cansado de me sentir por vezes vazio, apático, e receoso.

Hoje procuro ocupar o meu tempo a encher este meu pequeno coração, com sentimentos novos, já que a vida não é uma tela aonde se desenha simplesmente a carvão.

A minha vida tem que ter cor e sentimentos, quer sejam eles bons ou maus, que me permitam o distanciamento necessário de uma qualquer fotografia em que o momento fico parado e como tal se torna eterno.

..." A partida ..."

Amamo-nos com uma doçura própria
naquelas horas improprias
desse tempo sem fim e sempre repartido.

Fomos vagabundos presos
a um só dia,
a uma só noite,
a uma pequena parte dessa hora.

Fomos seres nómadas,
e pedintes,
mas por um único instante ancorados
na urbe das caricias.

Quando a manhã rompeu
partimos com ela.

Foi doloroso ter de partir assim,
mas nós partimos.

Não trocamos um único beijo,
nem uma única jura de amor,
muito menos uma carta.

Nem sequer nos despedimos.

Partimos apenas.

Seguindo,
já que isso sempre foi tudo.
Já que isso é tudo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

..." A assinatura..."

Sob a laje do meu quarto
o meu corpo dança
repleto de incerteza,
magoa e dor.

Tudo é escuro,
tal como no principio
não há estrelas
não há tempo

Quando o relógio anuncia a meia noite,
sei que chegou a minha vez.
Tantos antes de mim,
tantos depois de mim.

Cruzo a vida
com as mãos algemadas,
batem-me
pela ultima vez.

Quando me vendam os olhos,
sei que chegou a minha hora.
Sorrio para mim próprio.

Nesta vida cega
adquiri um peso maior,
uma maior responsabilidade,
gostar de mim.

Estou sozinho
com a minha vida
abro a porta do elevador,
e saio como um náufrago.

Ouço os rumores do outro lado da porta,
e o tiquetaque anunciado.
Mas eu estou espantosamente calmo.
Eu sabia.

Eu sabia.
Digo para mim próprio.
-Eu não tenho medo da morte!
será por isso que ainda estou vivo?

Amo a vida,
como quem ama uma irmã.
Por isso pego na caneta,
na mesma caneta que em tempos usei para assinar
o contrato então formulado.

Com essa mesma certeza,
de outrora,
assino o documento que irá
por termo a esta minha clausura.

Sei que o que importa hoje é não perder.
Não perder mais nenhum dos dias que me restam,
e ser definitivamente,
estupidamente,
feliz.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

... " My Way ..."

As recordações que ficam foram por minha única culpa.

Se entraste sem sequer bater, foi porque eu deixei a porta sempre aberta...

Queria poder apagar do meu coração o teu outro sorriso e dos meus lábios o sabor dos teus beijos.

Esquecer o sofrimento que quase me custou a minha alma.

Devoramos os momentos e rimo-nos vezes sem fim de coisas que apenas a nossa cumplicidade nos fazia entender.

Ao teu lado, recuei no tempo e reencarnei num outro ser, diferente daquele que durante anos permaneceu escondido por receio, pudor ou medo.

Aquele que te dizia.... apeteces-me aqui e agora... aquele que tinha uma vontade incessante em ir ter contigo a um qualquer hotel, mesmo sem saber o número do quarto.

Ou até mesmo aquele que não aceitava um não, para depois desejar que o devorasses com sofreguidão.

Não poderia ter sido de outra forma, mas percebo agora que nunca foi amor.

Foi algo que tive de viver e tu foste a escolhida... não a mulher perfeita, a companheira, a amiga, a confidente, a amante, mas apenas e tão somente a escolhida.

Foi muito bom um dia ter chegado a acreditar...., foi bom, mas hoje sigo sozinho.

Hoje assinei a tua carta de alforria.


Frank Sinatra - " My Way "

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

..." A minha vida é..., já os meus sentimentos.."

A minha vida é...
uma virgula,
um ponto e virgula,
umas reticências...

Já os meus sentimentos
embora tendo algumas vírgulas,
as vezes um ponto e vírgula,
e com mais uma ou outra reticência

serão sempre qualquer coisa,
Menos um ponto final.

..." Nas estrelas..."

Eu que sempre tento ler esses teus silêncios,
e decifrar as tuas reticências,
em cada linha que aparece no meio dessa tua vida de paixão.

Sei que é cedo,
sei do medo que te provoca as minhas ausências.
Mas à noite quando unimos as nossas mãos,
deixamos que as palavras digam o que sempre quisemos dizer.

Deixa pois que as manhãs aconteçam e espera pelo novo anoitecer.
Sabes,
entre as estrelas é mais fácil alguém se libertar.
Nas estrelas,
fica muito mais fácil alguém se encontrar.

"... Sou o que tu quiseres..."

Sabes,
Por vezes tento fazer versos, mesmo não sendo poeta.
E assim a vida segue, dia após dia.
Já que nesta vida,
podemos ser sonho,
saudade e até lamuria.

Acredito que tenho alma de poeta,
embora nunca o tenha conseguido ser.
Hoje sei que posso ser cristalino como a água de um lago.
Mas também posso ser só sentimento,
às vezes sou só razão, e quantas vezes reflexão.
Mas sou acima de tudo a água de um rio com sabor a mar.

Sou aquele sol nocturno que aquece está noite.
Sou a presença ausente.
Sou o choro e o medo.
Sou a lava de um vulcão que não está dormente,
mas que jamais se esquece.

Mas se um dia já fui paixão,
tentação,
prazer e desejo.

Hoje sou o lenço humedecido.
Sou o choro retido.
Sou a alegria incontida.
Sou o que sou.
Sou o que tu vês nestas simples palavras.

Sou uma vida,
Sou uma realidade,
Sou o teu imaginário,
Sou aquele desejo inconformado de prazer,
Sou uma sensação santa e profana

Sou o que tu quiseres,
Mas sou eu...
O teu amigo,
o teu companheiro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

..." Eterna confusão..."

Sabes que...
Para os erros, existe perdão,
Já para os fracassos, existe uma nova tentativa,
Para os amores impossíveis, existe o tempo.

De nada adianta correr atrás de um coração vazio,
ou tentar compreender uma pessoa que não se conhece,
e não se respeita a si própria.

O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é efectivamente romance.

Tu Mulher...
Não deixes que a saudade te sufoque,
que a rotina te acomode,
que o medo te impeça de tentar novamente.

Desconfia do destino e acredite acima de tudo em ti.

Gasta...
mais horas a realizar, do que a sonhar,
mais a criar, do que a planear,
mais a viver, do que a esperar.

Porque...
quem quase morre, ainda esta vivo,
mas quem quase vive, já há muito morreu.

"... O melhor vestido ..."

"O melhor vestido de uma mulher sao os bracos do homem que a ama.
Para aquelas que não tem essa sorte... existo eu"

Yves Saint-Laurent

..."Passamos a amar..."

"Passamos a amar não quando encontramos uma pessoa perfeita,
mas quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita."

( San Kenn )

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"...Um passeio a pé à volta do Dumo..."

Não obstante já estarmos no Outono, a tarde apresenta-se como uma verdadeira tarde primaveril.

Eu, atravesso a praça D. Scala, e reparo no esplêndido Teatro de opera alla Scala, dirijo-me para nordeste, ao longo da margem esquerda, passando pela surreal Casa degli Omeneri.

Depois viro a esquerda na Via Morone junto ao palácio Palazzo Belgioioso, do século VIII, viro novamente a direita e entro na Via Manzoni e deparo-me com o grande hotel et de Milan, aonde Giuseppe Verdi morreu em 1901.





De seguida viro para Montenapoleone, e reparo numa quantidade imensurável de gente, mas ao longe oiço os acordes musicais de uma qualquer peça, deixo-me ir em busca desse som que me preenche o imaginário..., a minha esquerda mulheres, de varias classes sociais, retêm-se nas montras de lojas como Versage, Gucci e Prada, mas eu não paro, sinto-me como que fascinado por aquele som, por aquele apelo....

Viro, novamente, a esquerda e dirijo-me ate à Villa della Spica, passo pela loja chique Dolce & Gabbana, viro a direita e estou de fronte de uma loja de musica, detenho-me na sua montra.





Do seu interior sobressai um som que nos impregna, ao qual numa simbiose perfeita se associa uma voz..., de repente alguém diz... "é il grande Ennio Morricone e accompagnata da una grande cantante lirica Italiana..."

Não me contenho e respondo: -"...Sì, è in realtà un grande cantante, è chiamato Dulce Pontes, ma è Portuguesa...", ... incrédulo o homem olha para mim, e ali ficamos ambos a absorver aquele som, aquela voz, ... e eu senti-me em casa.

domingo, 26 de outubro de 2008

"Cinema Paraíso"



Há musicas e filmes que marcam uma época, uma vida...



Hoje, enquanto percorria as areia de uma, qualquer, praia banhada por este oceano Atlântico que me transporta para a imensidão do mundo, recordei-me do velho "cinema paraíso"..., de uma época feliz, da minha vida, mas já tão distante...



Toda a película, e a sua soberba banda sonora se fundem de uma forma abismal... tornando-se num ponto de referencia inigualável.



Assim deixo aqui, em deposito, para certos nostálgicos...





Nota: para se saborear à luz de três velas, acompanhado por um porto..., e uma capacidade imensa de sonhar, desejar... e amar sem fim.







Cinema Paraíso - Trailer








Cinema Paraíso - Trailer 2





A Musica...





A Musica na bela voz de Dulce Pontes...











Ennio Morricone - Arena Verona








sábado, 25 de outubro de 2008

..."Queria poder oferecer-te flores"...

Sabes...
Hoje queria...
Queria...
Poder ter-te aqui...
vestida... e nua...

Queria poder fazer amor contigo...

Queria poder oferecer-te flores.

Queria...


Queria ficar...

Simplesmente .... assim...

Para sempre assim...

E gritar, vezes sem fim:

"...PORQUE GOSTO DE TI!..."

"...Aqui..."

Aqui te ofereço flores...

Aqui me penitencio,

Aqui te peço...


.....desculpa... por essa tua dor.

"Para um ser especial"

Para ti ser especial,
Para ti mulher...
Para ti escrevo estas simples linhas...

Aqui neste velho casco romano,
Aqui neste antigo burgo,
Aqui junto a velha domus da cidade de Milão...
Aqui...

Embora neste momento nos separa muitas centenas de kilometros,
Aqui e agora sinto-te perto de mim...

Sinto os teus dedos no meu pescoço,
Os teus lábios na minha face,
Sinto-te,

E acima de tudo vivo aquela tua...
Forma particular, de me chamar "amor"...,
Que me faz sonhar,
Que me faz acreditar que um dia o sol irá efectivamente raiar...

Obrigado por me escutares...,
Obrigada por existires...,
E acima de tudo...

Obrigado por me amares.

"Domingo a tarde"

Nos saudosos anos 70, em casa dos meus país, tocava um LP cujo cantor dava pelo nome de Nelson Ned.
Um homem que embora desprovido de um corpo escultura era detentor de uma voz que nos fazia sonhar...

Assim e para aqueles nostálgicos, como eu, aqui deixo um dos seus celebres temas...


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

..."Sophie Marceau"...

Porque existem seres com uma beleza ímpar...

aqui deixo o meu tributo a uma dessas pessoas ... Sophie Marceau.

domingo, 19 de outubro de 2008

" Message Personnel " - Françoise Hardy

{parlé:}
Au bout du téléphone, il y a votre voix
Et il y a des mots que je ne dirai pas
Tous ces mots qui font peur quand ils ne font pas rire
Qui sont dans trop de films, de chansons et de livres
Je voudrais vous les dire
Et je voudrais les vivre
Je ne le ferai pas,
Je veux, je ne peux pas
Je suis seule à crever, et je sais où vous êtes
J'arrive, attendez-moi, nous allons nous connaître
Préparez votre temps, pour vous j'ai tout le mien
Je voudrais arriver, je reste, je me déteste
Je n'arriverai pas,
Je veux, je ne peux pas
Je devrais vous parler,
Je devrais arriver
Ou je devrais dormir
J'ai peur que tu sois sourd
J'ai peur que tu sois lâche
J'ai peur d'être indiscrète
Je ne peux pas vous dire que je t'aime peut-être

{chanté:}
Mais si tu crois un jour que tu m'aimes
Ne crois pas que tes souvenirs me gênent
Et cours, cours jusqu'à perdre haleine
Viens me retrouverSi tu crois un jour que tu m'aimes
Et si ce jour-là tu as de la peine
A trouver où tous ces chemins te mènent
Viens me retrouver
Si le dégoût de la vie vient en toi
Si la paresse de la vie
S'installe en toi
Pense à moi
Pense à moi

Mais si tu crois un jour que tu m'aimes
Ne le considère pas comme un problème
Et cours et cours jusqu'à perdre haleine
Viens me retrouver
Si tu crois un jour que tu m'aimes
N'attends pas un jour, pas une semaine
Car tu ne sais pas où la vie t'emmène
Viens me retrouver
Si le dégoût de la vie vient en toi
Si la paresse de la vie
S'installe en toi
Pense à moi
Pense à moi

Mais si tu...
{instrumental}

Message Personnel (Letra: Françoise Hardy / Música Michel Berger)


Em Francês

Em Inglês


"...Eu admiro aqueles..."

"Eu admiro aqueles que conseguem sorrir com os problemas,
reunir forças na angústia, e ganhar coragem na reflexão.
É coisa de pequenas mentes encolher-se, mas aquele cujo coração é firme,
e cuja consciência aprova a sua conduta, perseguirá seus princípios até a morte."

( Thomas Paine )

"...Nesta lareira..."

Aqui, noite após noite, dia após dia, deixo expresso os meus pensamentos, sobre a vida, sobre o mundo.

Aqui queimo e deito fogo à insegurança, à magoa, à revolta, à dor mas também às ideias, materializando-as em palavras em vez de cinzas.

Se uma lareira que tem a magia das chamas, era também noutros tempos o ponto de encontro das famílias à noite, onde sob o olhar incandescente das brasas, se discutiam os temas do dia e os pensamentos de cada um, criando-se assim mais união entre todos.

Talvez por isso também eu em tempo construi uma lareira..., espero assim que este espaço seja uma dessas lareiras, aonde me seja permitido partilhar, e dar voz, aos meus pensamentos, as minhas ideias….

Bem hajas, por me deixares partilhar a minha vida contigo!

"... As nossas carências..."

As pessoas hoje em dia estão carentes. Quer estejam solteiras, casadas, divorciadas, ou assim-assim, por mais que tentem disfarçar, a maior parte está carente.

Umas por estarem sós, outras porque a pessoa com quem estão não lhes dá a atenção que necessitam.

A culpa é de quem? É delas também.

Perante uma situação de insatisfação, preferem o silêncio, preferem acomodarem-se, preferem não confrontar a pessoa que amam, falando do que sentem e o que precisam, com receios que tal possa causar mal-estar ou mais uma discussão.

Assim deixam penosamente que os dias passem, e que a tristeza os preencha.

Tenho tido nos últimos tempos o privilégio de ser o deposito das emoções, dos sentimentos, dos receios de várias pessoas amigas. Sinto-me lisonjeado por isso.

Por essas inúmeras conversas, opto por fazer reflectir, nesse ponto essencial, a minha reflexão de hoje.

O passar dos anos, da idade, o não saber envelhecer, a necessidade de consumo, a insatisfação, agudizam, mesmo que inconscientemente, o peso da solidão, da falta de um companheiro, e com isso aumenta proporcionalmente a tolerância às mais diversas situações, provocando uma auto-cegueira, na qual as pessoas apenas vêm, ou convencem-se daquilo que querem ver.

O problema surge quando um dia, quando menos esperam, abrem os olhos e encaram uma realidade bem diferente da que desejariam.

Ora como o tempo passou mais do que devia, o desgosto, a dor, a mágoa, é maior também.

Assim pergunto-me porque nós deixamos arrastar para algo que sabemos que não vai resultar?, porque passamos meses, anos, agarradas a uma relação que sabemos perfeitamente que não é a certa, ou cujo companheiro não procede de forma correcta?.

È certo que ao longo dos tempos as pessoas mudam um pouco, adaptam-se de certa forma umas às outras, mas existe apenas uma ligeira adaptação, diria, pequenos ajustes.

Mas nós, enquanto indivíduos, seja com quem estivermos, mantemos essa nossa essência, os nossos defeitos, as nossas qualidades, os nossos feitios.

Assim sou obrigado a concluir que ver passar os anos, alimentando a esperança que a outra pessoa mude essa essência, não enfrentando as situações, é o erro mais comum das relações nos dias que correm.

"...certos momento da vida..."


Em certos momentos da vida, lembro-me daquele verão!

Lembro-me daquela vida que conseguiu ter de tão mau tudo o que teve de tão bom!

Mas como recordar é uma forma de viver, prefiro manter na memória apenas as melhores coisas.

Foi a primeira, e talvez única, vez que tomaste a iniciativa para qualquer carinho, toque ou beijo.

Era manhã, tínhamos acordado há pouco tempo.
Continuámos deitados com um céu azul e o sol a brilhar a entrar pela janela já com um pouco do seu calor normal de um dia de Julho em Lisboa.

Eu virei-me de barriga para baixo e fechei os olhos para aproveitar mais um pouco a preguiça da cama e tu....,
aproveitaste-te de mim (malvada!),
ainda sinto os teus beijos no meu pescoço, na minha orelha, na minha cara, no canto da minha boca!

Depois, ao fim da tarde, a seguir a um banho de imersão bem repousante, revejo-te no momento em que te entregaste às minhas mãos. Enrolada na toalha, deitada na cama...

Naquela altura só pensava "e agora? o que é que eu te faço? o que queres que eu te faça? vou fazer bem? Por onde é que começo?"

Só sei que de tão concentrado nas minhas perguntas e em ti não dei pelo tempo passar e no outro extremo da cidade uma amiga tua aguardava impaciente, a mais de uma hora, a nossa chegada…,



As vezes acordo e pergunto-me quando repetirei essa sensação? Agora que já sei responder à maioria das perguntas…

sábado, 18 de outubro de 2008

"... o Trovador..."

A cerca de 15 anos tive o prazer de descobrir o “Trovador” Pedro Barroso.
Apaixonei-me e ao som dos seus poemas…,
bebi a água de todas essas fontes que diariamente me afluem a mente…,
e nesses instantes percorri aldeias e cidades…,
andei de mão dada com todos aqueles que embora estando tão distantes… estão sempre presentes.
Mas acima de tudo deliciei-me com a sua forma particular de dizer coisas bonitas, coisas que fazem sentido, que mexem como o mais intimo de cada um de nós…,
que me fazem sonhar…,
que me fazem acreditar…,
que me fazem acima de tudo ter vontade de amar e continuar, vezes e vezes sem fim…

Há dias alguém com quem venho partilhando este meu gosto particular, e sabendo o quanto a muito eu desejava assistir a um dos seus espectáculos, pegou-me pela mão e levou-me…, levou-me a percorrer esses trilhos…, esse mundo que tanto me apaixona e me faz acreditar que tudo fale a pena…, que tudo ainda é possível…, que o sol quando nasce é efectivamente para todos…

E o resultado…,
o resultado... fica aqui uma pequena e singela amostra…,
já que é difícil, senão mesmo impossível, exprimir os sentimentos que nos afluem quando somos presenteados com um espectáculo tão intimista como este.

Para ti…,

muito obrigado..., e um beijo..., repleto de sentimentos bonitos!



sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"...Para ti..."

Há dias recebi neste meu cantinho,
o seguinte comentário, de uma anónima, a um dos meus textos:

"...(não é para publicares)...Nunca disse que te amo sem o sentir,
mas já o senti muitas vezes sem o dizer..."


Para ti, que me estragas com mimos, que me sorves as palavras, e me tranquilizas o coração..., para ti mulher..., que és amante, confidente, mas acima de tudo amiga..., para ti...,

... obrigado por existires!

"...Espera-me..."

Espera-me...,
espera-me aonde tudo ficou por dizer,
nessa casa revolta de mágoa…,
entre as arvores do jardim…,
no meio da solidão,
da revolta e da dor…,
numa qualquer musica de Pedro Barroso…,
espera-me entre um poema qualquer…,
espera-me nesse verso em branco defronte… a ti…,
bem junto á ultima palavra.

Espera-me!!!.

"... I'm your angel ..."

canções que quando ouvidas, em certos dias da nossa vida, nos deixam assim... pequeninos, muito pequeninos, e com o coração a transbordar...


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

..." Infertilidade "...

Este video é dedicado a todos aqueles casais que, contra tudo e contra todos, lutam diariamente pelo sonho de um dia poderem ser pais.


A Saber:

Na mulher, fertilidade significa a capacidade de engravidar e ter um bebé. Os anos reprodutivos da mulher começam quando ela inicia seus ciclos menstruais durante a puberdade (em torno da idade de 13 anos). A capacidade de ter um filho usualmente acaba em torno dos 45 anos de idade, embora seja potencialmente possível para uma mulher engravidar até que seus ciclos menstruais cessem com a menopausa (por volta dos 51 anos).

Quando um bebé do sexo feminino nasce, já tem no seu organismo cerca de 400.000 ovos imaturos (ovócitos). Eles estão armazenados nos seus ovários em sacos muito pequenos, cheios de fluido, chamados de folículos. Quando a menina entra na idade reprodutiva, começa a ter ciclos menstruais mensais. Durante cada ciclo, o ovário liberta um óvulo (ou, mais raramente, mais do que um), que pode vir a juntar-se com o espermatozóide do homem e dar início a uma gravidez.

O desenvolvimento e a libertação do óvulo depende de um equilíbrio delicado de hormonas: substâncias químicas que sinalizam para que os órgãos realizem determinadas actividades. Alguns destas hormonas são produzidos nos ovários. Outras provêm de duas glândulas situadas no cérebro, o hipotálamo e a hipófise.

No homem, fertilidade significa a capacidade de engravidar uma mulher. Para isso, o sistema reprodutivo do homem precisa produzir e armazenar espermatozóides. Ele também necessita transportar os espermatozóides para fora do seu corpo, de modo que possam entrar no aparelho reprodutivo da mulher.

Os órgãos que produzem os espermatozóides são os testículos. Normalmente, um homem tem dois testículos, localizados no escroto, bolsa de pele que fica atrás do pénis. No interior de cada testículo, há muitos órgãos delicados, designados túbulos seminíferos. É aí que os espermatozóides se desenvolvem.Diferentemente da mulher, que nasce com todos os ovos que irá ter ao longo da sua vida, um homem produz novos espermatozóides continuamente. Quando um indivíduo do sexo masculino passa pela puberdade, a sua reserva de espermatozóides é renovada a cada, aproximadamente, 72 dias.

Infertilidade é a capacidade diminuída ou ausente de produzir uma prole. O termo não implica uma incapacidade completa para ter filhos, e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição de infertilidade. Infertilidade é, portanto, frequentemente diagnosticada quando, após 1 ano de relações sexuais não-protegidas, não ocorre a concepção.

A Linguagem da Fertilidade
Fertilização: contacto entre espermatozóide e óvulo, determinando sua união.
Concepção: o início da gravidez.
Gravidez: a condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no aparelho reprodutivo feminino após a união do óvulo com o espermatozóide.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais em idade de procriação procuram ajuda médica por infertilidade, geralmente após um período de cerca de dois anos sem conseguir conceber.O problema pode ser de origem tanto feminina como masculina. De um modo geral, a origem da infertilidade é:
Exclusivamente feminina em cerca de 30 - 40% dos casos.
Exclusivamente masculina em cerca de 10 - 30% dos casos.
Em caso de uma combinação de ambos os parceiros cerca de 15 - 30% dos casos apresenta alterações detectáveis.

Infertilidade na Mulher

As causas de infertilidade na Mulher, podem apresentar muitas formas.Uma área que fica na base de um espectro de causas é a idade. No entanto, as causas directas de infertilidade feminina dividem-se em quatro categorias principais:
Desordens Hormonais ou Ovulatórias
Desordens Anatómicas
Desordens Cromossómicas
Outras causas/inexplicadas (idiopáticas)

Infertilidade no Homen

Muitos homens sentem-se roubados no que se refere à sua virilidade quando descobrem um problema de fertilidade, e alguns lutam com sentimentos de baixa auto-estima. Essas respostas são normais. A chave para ultrapassar essa situação é o suporte mútuo no seio do relacionamento do casal. Quer a dificuldade para conceber esteja relacionada com factores masculinos, quer com factores femininos quer com ambos, a infertilidade é um problema e ao mesmo tempo um desafio que tem de ser partilhado pelo casal.

"... Se sou um bom ou mau Pai..."


Se sou um bom ou mau pai, não me compete a mim dizê-lo.

Apenas entendo que nenhuma criança deve ser privada do contacto com o pai ou a mãe, a menos que estes contactos a prejudiquem.

Pelos meus filhos, tenho engolido, nestes últimos anos, "sapos sem fim", aturei desaforos, gritos, escutei mentiras e muitas faltas de respeito... mas mesmo assim nunca baixei os braços, e continuo a lutar pelo direito de os ver crescer, de os poder amparar, transmitir-lhes alguns dos princípios e valores com que fui educado...

Se sou um bom ou mau pai, nada como os meus filhos daqui a uns anos, para o avaliarem e dizerem.

Os filhos não se dividem, partilham-se!.

Não são mais da mãe do que do pai ou vice-versa. Não pediram para nascer, apenas pedem para serem amados… vezes sem fim.

Amor de pai e/ou da mãe, torto ou direito, muito ou pouco, só há um, e nenhuma criança deve ser privada disso.

Há cerca de oito anos acordei um homem rico. Muito rico!, e porque?, porque ingressei nessa profissão desgastante e não remunerada, mas ao mesmo tempo a mais bem paga e compensada do mundo, que foi ser Pai.

É pois por vocês, meus filhos que tudo vale a pena, é pois por vocês que diariamente me levanto e continuo em frente, é por vocês que o meu mundo brilha, tudo foi e será por vocês… mesmo longe, e as vezes tão perto,… Amo-vos desde aqui até a qualquer parte do infinito!.

“ Alienação Parental é a criação de uma relação de carácter exclusivo entre a criança e um dos progenitores, com o objectivo de banir o outro.Uma criança totalmente alienada, neste contexto, é a criança que não quer ter qualquer tipo de contacto com um dos progenitores e que expressa apenas sentimentos negativos sobre esse pai e somente positivos sobre o outro. Esta criança perdeu completamente o alcance da totalidade dos sentimentos que uma criança normal nutre por ambos os progenitores”.

Texto extraído do site da associação pais para sempre. Para ler na integra visite o site desta ong

domingo, 12 de outubro de 2008

..."Aquele teu olhar"...

Naquele dia abriste-me a porta e olhaste-me.
Mas não foi um olhar normal, nem sequer um olhar apaixonado ou de desejo.

Foi muito mais do que isso...

Foi um olhar tão excessivo,
tão incrédulo,
tão sincero,
tão desmesuradamente feliz,
que me senti impelido, mil vezes, para ti.

Senti o meu simples olhar ser sugado pela paixão que imanavas do teu
e todas as minhas defesas ruíram e naquele momento ansiei ser transportado para o local mais secreto dos teus desejos.

Não consigo esquecer o som daquele teu olhar.

Foi tão intenso.

Quase irreal.

E,
num momento irrepetível,
ouvi todas as palavras que há muito estavam aprisionadas,
e que só os teus olhos insistiam em gritar.

Nunca conseguiras traduzir em palavras o que só tu me disseste naquele olhar.
Naquele preciso momento senti-me amado,
como nunca tinha sido.

Naquele preciso momento percebi que um olhar pode ser eterno…

..."Estranhas lágrimas"...


Seca-me estas estranhas lágrimas
que teimo em deixar cair,
não as deixes sequer surgir!

Seca-me as lágrimas com um tal amor,
que apague esta dor,
que apague este triste brilho do meu olhar.

Incendeia-me este meu coração,
acalenta-me de grande emoção.

Mas se não fores capaz de as secar,
então afasta-te,
deixa-me só,
Já que alguém há-de aparecer
para matar este estranho...
sofrer.

..."Seca-me"





Seca-me gentilmente,
demoradamente..
seca-me bem devagar,
com suavidade,
e muita sensualidade...

até me deixares bem molhado!

"...Deixa-me..."


Deixa-me fazer-te feliz,
fazer o que nunca fiz,
oferecer-te o que tu nunca tives-te,
realizar esse nosso sonho feito de esperança.

Deixa-me tocar a tua pele,
e com sussurros de amor efervescer a tua alma,
pulsar os teus pensamentos,
para acender novos desejos.

Deixa-me acordar-te com leves toques de beijos,
acariciar esses teus lábios com os meus
e despertar em ti sentimentos adormecidos
e esquecidos.

Deixa-me olhar nos teus olhos,
navegar nesse teu mundo,
conhecer o teu universo.

Deixa-me querer que sejas só aquilo que tanto desejo para mim,
cada palavra, cada toque...

Deixa-me ser vital para ti,
como tu és para mim quando respiro,
no pulsar deste meu coração,
na melodia da minha vida,
nesta luz tremula que me ilumina.

Deixa-me ser teu menino,
com teu carinho me faz crescer,
com o teu corpo me faz abrasar
e com o teu amor me pede sempre para te amar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"...Rua do Pinheiro..."

Ontem percorri as ruas graníticas daquele lugar que eu tão bem conheço.
Senti o odor a lenha queimada, a orvalho, a giestas, e aquele som inconfundível de quem ama aquela terra.
Bebi a água daquelas mil fontes e revi as lembranças de uma infância a muito desaparecida.
Por instantes dei por mim a passar na velha rua do pinheiro, talvez na vã esperança de me cruzar contigo.
Mas não… há muito que tu não estas lá… partiste e eu fiquei parado no tempo desta vida que teima em não querer abrandar.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"A tatuagem"










Um dia pedi-te:
"Faz uma tatuagem,
uma daquelas quase tribais,
que me iluminam a tentação"

E tu,
em troca de tão audacioso pedido,
optas-te por me fazer a mim,
uma enorme e feia cicatriz,
bem lá no fundo deste humilde coração.

"Amor"

Muitas pessoas com quem diariamente me cruzo diriam que amam...

Mas poucas sabem o que é amar...

Amar é pois uma palavra curta....

Mas um sentimento muito eterno!!!

É um sentimento que se encontra e aflui dentro de nós,

Numa sensação arrebatador que nos sufoca,

Que nos deixa o coração acelerado,

Que nos rouba o sono e a alma,

E... nós faz ficar com uma impressão infindável na barriga.

Esse amor...

De que hoje te falo...

Esse amor está dentro de nós...

Não dentro da nossa cabeça...



Por isso te peço...

Nunca digas que me amas,

Sem antes sentir...


AMOR!!!!!

"A minha vida"

A minha vida é como um livro,
existem paginas que deveriam ser rasgadas,
certos capítulos de que nunca me esquecerei,
frases que ainda me tocam,
palavras simples e finais que muito me surpreendem...

Mas tu...
faz dessa tua vida um sonho
e desse sonho uma realidade,
faz de mim uma verdadeira lembrança
e dessa lembrança uma eterna
e doce amizade...

Obrigado...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"Tu..."

Tu não és só química, mas também física;
electricidade,
faísca de emotividade que percorre todo o meu corpo e a alma,
em pertinaz continuidade.

Que alterna inércia em força,
que aclara as trevas e que tenciona a potência,
com intensidade a vibrar,
amperizando o disjuntor da lubricidade do par.

És um curto-circuito que fecha e electrifica o meu corpo,
transformando-o sem parar...
porque tu...

"Queria um abraço teu hoje!!"

Hoje queria um abraço teu!!!
De repente deu-me vontade de um abraço.
Uma vontade de entrelaço, de proximidade.. de amizade, sei lá...

Talvez um aconchego que enfatize a vida e amenize as dores...
Que fale sobre os amores,
que seja teimoso e ao mesmo tempo forte.

Deu-me vontade de poder dizer que tenho saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo e preencha todo espaço,
mas que me faça lembrar do carinho,
que surge devagarzinho na magia da união de dois corpos, das auras... sei lá...

Lembro-me do calor das mãos acariciando as costas a dizer.. "estou aqui."
Lembro-me do trançar dos braços envolventes e seguros afirmando "estou contigo"...
Lembro-me da transfusão de forças com a suavidade do momento ... sei lá...
abraço... abraço... abraço... abraço... abraço...
abraço... abraço... abraço... abraço...

O que importa é a magia desse abraço!
A fusão da energia integra que harmoniza tudo,
e que se traduz no cosmos, no tempo e no espaço.

Só sei que agora me deu vontade desse abraço!!
Que afasta toda e qualquer angústia.
Que desperta a lágrima de alegria,
e que acalma o coração...

Que traduza a amizade,
o amor e a emoção.

E para um abraço assim...
assim...
só posso pensar em ti!!

Nessa tua energia,
nessa tua sensibilidade que sabe sempre entender,
o porque... desta minha vontade desse abraço.

(autor desconhecido)






Só posso pensar nesse teu abraço,
porque tu és eu e eu sou tu!
Só posso pensar em ti...
só posso pensar em ti meu filho!!!

"As minhas lagrimas"





A lágrima que mais magoa não é a que na face corre.
A que mais nos corrói,
é a lágrima disfarçada,
aquela que é sustida e que não pode aparecer.

Aquela que morre na garganta,
sufoca, explode, espanta,
procura disfarçar...num riso desapontado,
ou num olhar desviado,
não podendo nunca soluçar.

É aquela que por dentro,
num solavanco mudo,parece que rompe tudo,
em borbotões de soluços,o pranto vai envolvendo.

Como é difícil enganar!
Não é a lágrima caída que é a mais dolorida.
É sim aquela que é engolida,
e que por dentro escondida,
faz o peito soluçar.

Enquanto o sorriso aflora,
o coração é que chora,
sem o poder demonstrar...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

"Nesta enorme confusão"

Parto hoje,
pela primeira vez ao fim de muitos
e muitos anos,
sozinho para férias.

Faz hoje um dia, um mês, um ano ou mesmo uma vida
que passei a ser mais gente do que era até então.
Talvez mais acordado,
na aventura deste sonho em que agora me encontro.

Faz hoje o tempo certo que passei
a ser, mais imperfeito
no gesto de poder pensar ver-me aconchegado
no secreto recanto desse teu peito.

Faz hoje o tempo que calhar
e eu atribuo-me o direito de pensar
tudo com cuidado, com muito cuidado,
tudo outra vez.

E ao fim deste dia,
ao fim desta vida toda
relembro-me os meus tempos de menino
quando brincava nos degraus da puberdade
com olhares, beijos e recados
mandados pela janela meia aberta de uma aula de Português

Neste dia parto, efectivamente sozinho
PARA O FUTURO
na certeza de que tudo o que viver
será um espaço alcançado ,
aonde projecto este meu amargo e doce saber
que será tu em ti e eu em mim
num espaço aonde me confundirei contigo
e estarei sempre perto de ti

Já que é hoje esta a confusão que me alimenta.

"Agora não é Tarde"

"Cada um de nós nasce
com um artista dentro
poeta, escultor, aventureiro
cientista, pintor
arqueólogo, estilista
astronauta, cantor ou marinheiro
e o sonho e a distância
e o tempo e a saudade
deram-nos vida, amor problemas
mentiras e verdade
e damos por nós mesmos descobrindo
que agora, se calhar,
já é um pouco tarde

E nas memorias velhas
secretas da menina
morou sempre aquele sonhode um dia ser bailarina
actriz, modelo, princesamuito rica, eu sei lá....

Mas os anos correram
num assombro
e a vida foi injusta em qualquer jeito
para a chama indelével que ainda arde
e os filhos são bonitos no seu peito
mas agora, pois é...,
agora já é tarde...

E nos papéis antigos
que rasgamos
há sempre meia duzia
que guardamos
como os planos da conquista do Polo Norte
que fizemos aos sete anos
escondidos no sótão, uma tarde
e estiveram perdidos trinta anos
e agora, se calhar,maldita sorte,
por desnorte, acaso ou esquecimento
alguém já descobriu o Polo Norte e...
agora, pronto,agora já é tarde!

Há sempre nas gavetas
escritores secretos, cientistas e doutores
desenhos e projectos construtores
feitos em meninos
do tudo o que sonhámos fazer
quando fosse a nossa vez
cientistas em busca de Plutão
arqueólogos no Egipto
viajantes sempre sem destino,
futebolistas de sucesso no Inter de Milão...


E o curso da vida foi traidor
e o curso da vida foi cobarde
e o ciclo do tempo completou-se
e agora, pronto, paciência
agora já é tarde.


Agora é tarde
emprego, casa, filhos muito queridos
algum sonhar ainda com os amigos
às vezes sair,
beber uns copos para esquecer
ou para lembrar
e fazer ainda um certo alarde
talvez para esconder ou para abafar
como é já tão demasiado
e tão simplesmente tarde.

Mas não
nunca, nunca é tarde
para sonhar
amanhã partimos todos para Istambul
Vladivostock, Alaska, Oslo, Dakar
vamos à selva de Timor
abraçar aquela gente,
e as montaras de Amsterdam
que eu afinal não sou diferente.

Chegado a Tóquio,
são horas de jantar
depois temos de voltar a Bombaim,
Passando por Macau e Calcutá
que eu encontro Portugal em todo o lado
e mesmo fugindo,nunca saio de mim
e se esse marinheiro, galã, aventureiro
esse, já não há,


Que me saiba cumprir com coerência
nos limites decentes da demência
nos limites dementes da decência
e cumpramo-nos todos, já agora, até ao fim,
no que fazemos,
na diferença do que formos e dissermos
e perguntando, criando rebeldias,
conferindo aquilo que acreditamos
e o que formos capazes de sonhar......


E se aquilo que nos dão todos os dias
não for coisa que se cheire
ou nos deslumbre
que pelo menos nunca abdiquemos de pensar
com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente
e será talvez uma forma inteligente
de afinal,

NUNCA

NUNCA

NUNCA ser tarde de mais para viver

NUNCA ser tarde de mais para perceber

NUNCA ser tarde de mais para exigir


NUNCA SER TARDE DE MAIS PARA ACORDAR"


Tomo a liberdade de deixar aqui depositado este "pequeno" grito, deste enorme poeta e trovador que é Pedro Barroso.

terça-feira, 22 de julho de 2008

"Uma voz no silêncio..."

Escondemo-nos, silenciamo-nos, abdicamo-nos do ser próprio que somos para nos moldarmos ao ser amado…

O medo de ferir, abrir diálogos passados para não por em causa um futuro incerto, quase sempre com os dias contados…

O espelho do quarto, o nosso melhor confidente, e aquele corpo que se arrasta sem forças para mais… o silêncio…

Existe sempre um dia em que a alma diz “BASTA”, como um grito fechado numa gaveta empoeirada pelo peso do tempo; há sempre um dia em que acordamos fartos de viver o que ainda não existe e queremos fugir do que já vivemos, fugir de nós, fugir de tudo e de todos…

Hoje atrevo-me a falar desses dias em que o mundo cai sobre as nossas costas sem que o possamos mais suster. Desse mundo aonde o silencio e o amanhã são almas gémeas que acabamos por sacrificar tudo o que ficou para trás, tudo o que foi bom, tudo o que deixou de ser, hoje, aqui e agora.

" Acordei com a sensação de que ..."

Até parece que foi hoje. Levantei-me, fiz as malas… e sempre em silencio, apenas sai…

Quinze anos de uma vida em comum e acordei com a sensação de que, à parte de termos compartilhado os lençóis da mesma cama e algumas horas de alguns dias das nossas vidas, não partilhamos absolutamente mais nada …

" Até já "

Ontem pela primeira vez bebi muito. A sangria de champanhe tornou-se uma fiel companheira destas minhas noites sem fim.

Durante anos permanecemos em silencio, sem uma palavra, sem nada …..

Chamei-te para a sala, no mais intimo dos silêncios. Atendeste o meu chamamento, mas não me entendeste ….. e ofereceste-me silencio outra e outra vez.

Tenho medo, tudo foi em tempos tão perfeito, tão singelo, tão bonito…

Abri a torneira da água quente e deixei encher a banheira. Entrei e mergulhei a cabeça para não ouvir nada…

Quando hoje acordei, já de dia, compreendi que tu já a muito que não estas ao meu lado, foste-te embora e nunca mais voltaras … nunca mais…

Assim ficarei pela noite dentro, unido pela força do corpo e da alma. A vida, essa é deveras injusta… Apaguei a televisão… não consigo mais ver esses filmes dramáticos que me deixam triste e com vontade de chorar, chorar sem parar…

Hoje foi uma das ultimas vez que te falei. Ainda te lembras quando me chamavas “amor” e eu te dizia “eu te amo”?

A vida abraçou-se a mim e voltou a fugir… partirei muito em breve sabendo que tive a oportunidade para ser felizes aqui, convosco, para sempre…

Meus filhos vocês são a verdadeira obra de arte da minha vida, e só por isso valeu a pena…

Até já.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

" Já não adianta..."

Sabes já não adianta...

Já não adianta escrever
Poemas e mais poemas
Tentando entre eles esconder
Uma parte do meu sofrer
E a cor dos meus dilemas...

Não adianta escrever a toda a hora
Poemas e poemas sem fim
Como estou fazendo agora
No intento de por para fora
O que explode dentro de mim...

Nem sei porque me atrevo
Fazer dos poemas que escrevo
Retalhos de uma paixão
Dou-lhes asas para poderem voar
Mas acabam por desaguar
Nas águas desta desilusão...

Hoje o que eu queria
Era fazer algo diferente
Viajar na magia
Embalar-me numa melodia
E adormecer muito docemente...

Queria andar pelo céu e procurar
Uma estrela que fosse só minha
Uma estrela para ser meu par
E comigo caminhar
Nesta longa e fria estrada que se avizinha...

Hoje eu queria poder andar
Nos flocos das nuvens para aliviar
O cansaço da minha dor.

Queria aprender a sorrir
E nunca mais confundir
Amizade com amor...

Hoje queria ver a chuva cair
Salpicando o rosto do mar
Queria ver o amor florir
E de novo poder sentir
Aquela vontade de amar...

Hoje eu queria viajar
Nos braços da noite estrelada
Queria com ela dançar
Até ver o sol raiar
Das entranhas da madrugada...

Queria sentir o calor da noite afável
Juntar os pedaços do meu coração
E nesse momento agradável
Ver se ela ainda é responsável
Pelos impulsos desta minha paixão.

Hoje eu realmente queria...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Quando Chegares..."

Espero-te assim...
Assim...
No mais puro
E sentido silêncio.

Mas...
Quando chegares...
Mas quando chegares,
não digas nada!

Quero...
Quero que me fales apenas
com esse teu divino corpo
entrelaçado no meu.

Para ficarmos eternamente assim....

"O Beijo"

Ontem,
Quando de mim te despediste,
Naquela sala do "chat",
E me mandaste um beijo,
Eu perguntei-te:
– Onde?

Sem querer,
Satisfizeste o meu desejo,
Quando disseste:
– Na tua boca!

Fechei os olhos e imaginei
Tal e qual me falaste.
Bateu forte o meu coração.
Meu Deus, que coisa louca!

Até senti o gosto da tua boca,
Quando, na imaginação
Me beijaste....

Tua boca,
Eu nem sabia
Que era assim,
Tão macia.

E o teu beijo tão molhado,
Demorado,
Fez um estrago em mim.
Ocupou meu pensamento
E eu fiquei todo tempo
Querendo
Outro beijo assim!

"Molha-me "

Seca-me gentilmente,
demoradamente...
seca-me devagar,
com suavidade...
até me deixares bem molhado



Vamos dar um mergulho?
Apetece-me
Beijar-te dentro de água,
misturar as minhas mãos com as ondas que te acariciam.

Vamos mergulhar um com o outro,
envoltos pela frescura da água que nos protege e nos esconde.
Quem passa e nos vê, não vai imaginar o que os nossos dedos exploram,
o que as nossas mãos acariciam...


Dá-me
a tua língua
para que me sacie
da fome que tenho de ti.

É macia,
saborosa...
como veludo
ou cetim...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

"Dois Lados do Mesmo Adeus"



Nunca quis saber nunca quis acreditar

Que tu irias partir não podias cá ficar nunca quis escutar muito menos quis ouvir

O teu silêncio que avisava a intenção de não voltar

Podes crer

Bem que me disseram para nunca me agarrar a uma pessoa a um lugar

Podes crer

Se um homem nunca chora para que servem estes olhos se não podem mais te ver

Queria ver queria saber

O que fazias que estás aqui a observar

Tás a ver tás a perceber

Podes ser que um dia a gente volte a se encontrar

Agora embora, agora sem demora

Deixa-me ficar aqui sozinho p´ra pensar

Embora agora que a minha alma chora

Como disse alguém

Vou-me perder para me encontrar.





Caem como folhas
lágrimas no seu rosto
suavemente descem
deixam-lhe o desgosto



entre dois suspiros
sopro-lhe na face sem favor
abre-se a janela
tenta um disfarce



Aperta-me a mão
Ri por um instante
Deixo-me ficar
Deixo-me ficar




Nunca quis saber nunca quis acreditar
Que tu irias partir não podias cá ficar nunca quis escutar muito menos quis ouvir
O teu silêncio que avisava a intenção de não voltar
Podes crer
Bem que me disseram para nunca me agarrar a uma pessoa a um lugar
Podes crer
Se um homem nunca chora para que servem estes olhos se não podem mais te ver
Queria ver queria saber
O que fazias que estás aqui a observar
Tás a ver tás a perceber
Podes ser que um dia a gente volte a se encontrar
Agora embora, agora sem demora
Deixa-me ficar aqui sozinho p´ra pensar
Embora agora que a minha alma chora
Como disse alguém
Vou-me perder para me encontrar.



Esse choro triste
Desespero seu
P´ra tentar dizer
Nada se perdeu



Pede-me que fique mais
Por um segundo eterno
Como se quisesse ter
O meu beijo terno



Aperta-me a mão
Ri por um instante
Deixo-me ficar
Só por esse instante



Nunca quis saber nunca quis acreditar
Que tu irias partir não podias cá ficar nunca quis escutar muito menos quis ouvir
O teu silêncio que avisava a intenção de não voltar
Podes crer
Bem que me disseram para nunca me agarrar a uma pessoa a um lugar
Podes crer
Se um homem nunca chora para que servem estes olhos se não podem mais te ver
Queria ver queria saber
O que fazias que estás aqui a observar
Tás a ver tás a perceber
Podes ser que um dia a gente volte a se encontrar
Agora embora, agora sem demora
Deixa-me ficar aqui sozinho p´ra pensar
Embora agora que a minha alma chora
Como disse alguém
Vou-me perder para me encontrar.









Letra: Manuel Lourenço e Miguel A. Majer


Musica: Manuel Lourenço


"Donna Maria"


É sem duvida um dos mais interessantes projectos da moderna musica Portuguesa.