terça-feira, 22 de julho de 2008

" Até já "

Ontem pela primeira vez bebi muito. A sangria de champanhe tornou-se uma fiel companheira destas minhas noites sem fim.

Durante anos permanecemos em silencio, sem uma palavra, sem nada …..

Chamei-te para a sala, no mais intimo dos silêncios. Atendeste o meu chamamento, mas não me entendeste ….. e ofereceste-me silencio outra e outra vez.

Tenho medo, tudo foi em tempos tão perfeito, tão singelo, tão bonito…

Abri a torneira da água quente e deixei encher a banheira. Entrei e mergulhei a cabeça para não ouvir nada…

Quando hoje acordei, já de dia, compreendi que tu já a muito que não estas ao meu lado, foste-te embora e nunca mais voltaras … nunca mais…

Assim ficarei pela noite dentro, unido pela força do corpo e da alma. A vida, essa é deveras injusta… Apaguei a televisão… não consigo mais ver esses filmes dramáticos que me deixam triste e com vontade de chorar, chorar sem parar…

Hoje foi uma das ultimas vez que te falei. Ainda te lembras quando me chamavas “amor” e eu te dizia “eu te amo”?

A vida abraçou-se a mim e voltou a fugir… partirei muito em breve sabendo que tive a oportunidade para ser felizes aqui, convosco, para sempre…

Meus filhos vocês são a verdadeira obra de arte da minha vida, e só por isso valeu a pena…

Até já.

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