Depois de mim surgiram muitas vidas!
Depois de mim romperam madrugadas em cada nova janela,
e os muros outrora vestidos de cinza, enchem-se de verde.
Depois de mim ouve confrontos nascidos de gestos repetidos no tentar iludir aquela face que um dia o espelho reflectiu.
Depois de mim, eu, e só eu!
Mas se ainda cá estou, então é porque já muitos anos fugiram.
Se o meu velho caderno mudou de tinta e textos,
o Outono,
esse voltou a despir as árvores na rua que passa mesmo a frente da minha porta,
e eu parei para ver se ainda te via,
mas meu amor,
isso foi depois de mim,
e na rua hoje é só o vento que passa.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
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