segunda-feira, 26 de setembro de 2011

... " A melodia do teu coração " ...




Nesta minha vida enrolada,
Cruzei-me contigo,
E nesse singelo instante reencontrei-te...
Sem algum dia antes ter dado por ti.

Percorremos ruas paralelas,
Repletas de luz púrpuras,
E de odores de vida.

Caminhamos sem qualquer propósito,
Não por ruas labirinticas,
Mas por lugares mágicos,
Onde o simples gargalhar nos enchia a alma.

Tu sempre soubeste,
Qual o significado daquela estrela cintilante.
E por diversas vezes,
Sem sucesso,
Tentaste dizer-me.

Eu não soube reconhecer na tua voz,
O código da caixa,
Que encerrava a melodia plena do muito que nos unia.

Recordo-me de um dia me teres dito:
-"Consigo viver sem ti,
Mas que não gostava de viver sem ti"...

Nessa altura desejas-te,
Que o teu nome fizesse uma ressonância constante na minha cabeça,
Que eu não tivesse sossego por sonhar eternamente contigo,
Por te desejar sem fim.

Um dia acordei e tu tinhas partido,
Na mesa de cabeceira restava um papel,
Aonde repousava o que restava de uma lagrima tua...
E algumas palavras escritas de forma tensa e delorida.

- "Quem sabe amanhã...
Nos voltemos novamente a cruzar.
Por tudo o que passamos,
E por tudo que nós somos...
Deixo-te hoje avançares sozinho,
Pelo caminho,
Que tens,
E queres percorrer "

A melodia do teu coração trouxe-me até mim,
E com isso o acorde que refez o bater do meu coração...
Por ti!

Sempre estiveste,
E estarás sempre,
Comigo,
Mas só agora eu sinto o mesmo que tu.

E talvez por isso,
Pensar em ti,
É, quantas vezes,
A única coisa que me dá vontade de continuar....

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

... " Com este meu Lápis de Carvão " ...





Com este meu lápis de carvão escrevo,
Escrevo, como sempre, de forma confusa,
Intensa e infinita.

Na realidade por vezes já nem sei bem quem sou,
No entanto mantenho o desejo de guardar na gaveta da memória,
Momentos pelos quais um dia sorri.

Na gaveta da minha eterna esperança,
Encontra-se aquele verão onde plantei os sonhos,
Enquanto olhava o céu através das folhas,
Baloiçando o riso da eternidade.

Ouço-te ao longe,
Em segredo, ...
Mas sinto que contigo vem o som,
De um novo vento,
Que teima em não parar de cantar.

Debaixo deste meu céu estrelado,
Nesta noite quente,
Só tu existes,
E existiras...