terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A Nossa Alma Gémea - parte III


Ao nível das relações, há cada vez menos espaço mental e físico para alimentar e aguentar uma relação, dada a velocidade a que vivemos.
O problema é que nesta sociedade, que já não nos incita a pensar, uma vez que quando estamos tristes ou ansiosos o mais fácil é tomarmos um comprimido para nos ajudar a superar o problema sem perdermos muito tempo, o direito a felicidade individual é completamente inquestionável. Se todos nós temos direito à felicidade individual e uma relação a dois passa a ser a difícil conjugação de duas liberdades, as coisas podem de facto complicar-se.

Como a nossa sociedade tem subjacente a ideologia de que quem não está bem muda-se, há pessoas que simplesmente desistem e fazem muito pouco para salvar a relação, sendo que as crises nem sempre são definitivas e inultrapassáveis e podem mesmo, depois de ultrapassadas, reforçar uma relação.


Com estes textos não pretendo fazer qualquer juízo de valor sobre as opções de cada um, já que em ultima estância cabe a cada um de nós dar o rumo que pretendemos a nossa vida.

Entendo somente que essa opção deva ser realizada após um reflectido amadurecimento das ideias e ponderadas as várias opções.

Sei por experiência própria que nem sempre a entrega e o envolvimento junto de outra pessoa é a solução.

Acho e acredito que só seremos verdadeiramente felizes quando começarmos por nós aceitar a nós próprios como seres imperfeitos que somos e dermos valor, e atenção, a pequenos milagres do quotidiano da vida.

São pois a comunhão e a partilha desses múltiplos momentos da nossa curta existência diária em que reside a verdadeira felicidade.


O amor só existe quando a pessoa com quem optamos por partilhar a nossa vida fala a mesma linguagem que nós.

Se tal não acontece o amor ainda será possível desde que exista, da parte de ambos, o interesse pela busca dessa linguagem universal e comum.

Então tudo se tornará mais fácil, as vidas outrora distantes se complementaram de forma continua como se o amanhã já fosse hoje e o passado nunca tenha deixado de ser presente.

A Nossa Alma Gémea - parte II


Durante a fase do namoro, tudo se passa como se estivéssemos num cais, observando o mar calmo que nos aguarda, até acabarmos por decidir entrar nessa grande embarcação que é a partilha da vida em comum, vulgo casamento.
Á medida que a embarcação se afasta, desse cais, os primeiros momentos são vividos com extrema alegria, estes serão por certo os minutos mais agradáveis, já que tudo é novidade.

Logo que os cônjuges deixam cair as máscaras, afiveladas, que usaram com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se cada vezes mais difícil.
Desta forma logo que a embarcação entra em alto mar, e ambos começam a enfrentar as primeiras tempestades da vida em conjunto, o primeiro impulso é o de regressar imediatamente ao cais de partida, só que este por vezes já se encontra muito distante....
A segunda opção, que é a escolha de muitos, reside no de saltar para fora da embarcação para o meio do mar revolto.

Á medida que um dos cônjuges, ou mesmo os dois, sente que os seus sonhos se desfazem, começa por imaginar que aquele ser que o acompanha não é efectivamente a sua alma gémea, mas sim algo que se transforma diariamente numa algema, numa prisão, de que deseja libertar-se desesperadamente.

Neste caso a sua opção, imediata, passa por encontrar outra pessoa que preencha as suas carências. Esquecem-se assim dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e busca-se outras experiências.
Alguns atiram-se para os primeiros braços que encontram à sua disposição para rapidamente sentirem, mais uma vez, o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra vez mais, e nunca acabam por encontrar alguém que consolide seus anseios de felicidade.
Conseguem somente uma vida de profunda solidão, angustia e infelicidade.
Se entendermos que no planeta terra não existe ninguém perfeito, então a nossa busca por esse alguém será sempre em vão.
Mas, mesmo, que existisse alguém perfeito, essa pessoa por certo também quereria encontrar alguém perfeito, e não um pobre terráqueo cheio de defeitos como qualquer um de nós. Assim e infelizmente a opção desse ser não passará por nenhum de nós.

Perante todo este dilema existencial entendo, agora mais do que nunca, que sempre que constatamos que a pessoa com quem optamos por partilhar a nossa vida não se enquadra na pessoa que ambicionávamos então deveremos recordar que esta nossa opção, esta nossa escolha, foi feita única e exclusivamente com o coração, e não pela razão, pelo que seria justo que tentássemos, juntos, enfrentar as tormentas da vida e que ambos devem optar por fazer um esforço por aparar as “arestas vivas” dessa vida que nos fere e magoa……..

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A Nossa Alma Gémea - parte I



Aristófanes, contemporâneo de Sócrates, foi um poeta cómico grego que afirmou que no começo dos tempos os homens eram duplos, com duas cabeças, quatro braços e quatro pernas.
Esses seres mitológicos eram chamados de andróginos.
Os andróginos podiam ter o mesmo sexo nas duas metades, ou ser homem numa metade e mulher na outra.
Desta forma Aristófanes tentou explicar a origem e a importância do amor.

Esse mito fala-nos que os andróginos eram muito poderosos e pretendiam conquistar o Olimpo dos deuses.
Para esse efeito construíram uma gigantesca torre. Os deuses, com o intuito de preservar o seu poder, decidiram punir aquelas criaturas orgulhosas dividindo-as em duas, criando deste modo os homens e as mulheres.

Segundo ainda o mito, é por esse motivo que homens e mulheres vagueiam infelizes, desde então, em busca de sua metade perdida. Tentam muitas metades, sem encontrar a realmente certa.

A parte do mito sobre a origem da humanidade perdeu-se ao longo das eras, mas a ideia de que o homem é um ser incompleto, na sua verdadeira essência, perdura até hoje.
Talvez seja em função disso que o ser humano busca, incessantemente, por encontrar a sua alma gemea que o venha preencher na sua carência afectiva.

Embora o romantismo tenha sustentado esse mito por milénios, e muitos de nós desejemos que exista essa nossa eterna metade, é no entanto lógico reflectirmos um pouco sobre essa incessante busca, à luz da razão.

Se por ventura nós fôssemos seres incompletos, então perderíamos a nossa propria individualidade. Seríamos um espírito pela metade, e não poderíamos progredir, conquistar virtudes, ser feliz, a menos que nossa outra metade se juntasse a nós.

É lógico que ao longo da nossas vivencias vamos encontrar muitas pessoas com as quais temos muitas coisas em comum, mas esses são seres inteiros, e não pela sua metade.
Na realidade o que acontece é que, quando nos cruzamos com uma pessoa com a qual temos afinidades, desejamos retê-la para sempre ao nosso lado.
Até essa momento não existe nenhum inconveniente, mas acontece que geralmente desejamo- nos fundir numa só criatura, como os andróginos do mito.

É pois nessa tentativa de fusão que surge a confusão, pois nenhuma das metades quer abrir mão da sua forma de ser.
Por norma tentamos moldar o outro ao nosso gosto, violentando-lhe a sua individualidade.

O respeito ao outro, a aceitação da pessoa da forma que ela é, sem dúvida, o garante de um bom relacionamento.
Desta forma a relação entre dois seres inteiros é superior à que podia existir entre duas metades.
São as diferenças que dão a tónica dos relacionamentos saudáveis, pois se pensássemos de maneira idêntica à do nosso par, em todos os aspectos, não existiria uma vida a dois.
São pessoas com ideias diferentes que permitem um crescimento mútuo, sem que para tal um pretenda que o outro se modifique de molde a se transformem num só.

Desta forma sou levado a pensar que não obstante o romantismo esteja presente em todas as telenovelas, filmes, peças teatrais, indicando que a felicidade só é possível quando duas metades se fundem, essa não corresponde a realidade, já que todos nós somos espíritos inteiros, a caminho do aperfeiçoamento integral.
Não seria justo que os nossos esforços na conquista de virtudes fossem em vão, pelo simples facto de tal depender de uma outra criatura, da qual não sabemos nem se esta tem interesse em se aperfeiçoar.

Por todas essas razões, acredito que não necessito de encontrar a minha outra metade para poder ser feliz.
Assim, hoje luto por construir na minha própria existencia um recanto repleto de paz, de alegria, de harmonia e segurança, como espírito inteiro que pretendo ser.
Só desta forma, entendo, que terei algo mais para oferecer a quem se cruza no meu caminho, munido da sua propria individualidade e com o devido respeito à individualidade do outro.

Geralmente, é na posse da juventude do nosso corpo que despertamos o interesse na buscar de alguém do sexo oposto para compartilhar os nossos sonhos.
Quando encontramos essa alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem qualquer tipo de acção. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.
Então, tudo começa.
O namoro é o "doce e belo encantamento".
Então rapidamente começamos a pensar na possibilidade de consolidar a união e desta forma nos preparamos para o "desejado" casamento.Temos a plena convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na nossa intimidade.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Ave Maria

Notre Dame de Paris - canção nº21 - Ave Maria Paien

"A Porta"




Hoje abrirei a porta
Pela qual vou sair
Certo que já mais voltarei
Não voltarei a ser o homem que um dia fui
Não voltarei a ser teu
Não voltaremos a ser nós.
Hoje passarei a ser
Só e só eu

Nunca mais haverá nós
Nunca mais ouviras no teu ouvido
O meu sussurrar, a minha respiração,
Nunca mais serei eu
Será outro por certo,
Mas não eu!

Hoje voltarei a ser o homem que um dia fui
Alguém
Que à muito tempo estava adormecido dentro de mim
E a quem, e por ti, nunca mais quis voltar
Esse alguém que um dia foi amado e desejado
Alguém a quem um dia optei por virar as costas
E hoje
Hoje, corro ao seu encontro,
Pois hoje abrirei a porta para não mais voltar.

Hoje enterro o homem terno
Romântico e dedicado que te fui
Para dar lugar aquele outro que um dia não quis mais voltar a ser!

Adeus!

Vitas - "mama"

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

"A tua boca"




Quero matar a raiva e a solidão

com os teus beijos inflamados.


Estou certo que a tua boca é um fogo que arde sem se ver...

Um fogo posto que me fará tão bem.

TUDO O QUE É BOM

DURA O TEMPO SUFICIENTE

PARA SER INESQUECIVEL.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O Tempo

O Tempo passa .......

























Assim são os amigos fiéis...





Esta é a diferença entre homens e mulheres:
A esposa passou a noite fora de casa.

Na manhã seguinte, explicou ao marido que tinha dormido na casa da melhor amiga.

O marido, então, telefonou para dez das suas melhores amigas.

Nenhuma delas confirmou.

O marido passou a noite fora de casa.

Na manhã seguinte, explicou à mulher que tinha dormido na casa do seu melhor amigo.

A esposa, então, telefonou para dez dos melhores amigos do marido.

Sete deles confirmaram, e os três restantes, além de confirmarem,

garantiram que ele ainda está lá.

Porque rir ainda é o melhor remédio.




>>>>>Os dois sentidos>>>


Antes do casamento ...

Ele: - Sim. Custou tanto esperar por este momento.

Ela: - Queres que me vá embora?

Ele: - Não! Nem penses nisso.

Ela: - Amas-me?

Ele: - Claro! Muito e muito!

Ela: - Alguma vez me traíste?

Ele: - NÃO! Porque ainda perguntas?

Ela: - Beijas-me?

Ele: - Sempre que possível!

Ela: - Vais-me fazer sofrer?

Ele: - És doida! Não sou desse género de pessoa!

Ela: - Posso confiar em ti?

Ele: - Sim.

Ela: - Querido!


Depois do casamento ...


Ler de baixo para cima.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"Onde Estás?"


Tenho esperado que ela repare em mim com toda a impaciência do tempo que passa devagar.

Mas talvez o seu coração esteja ocupado;
ou, então, se desocupado,
talvez tenha ela também necessidade de arrumar a cabeça e o coração,
senão mesmo a vida.
Como acontece com toda a gente, de vez em quando,
em algum momento da sua existência.

É pois compreensível que também ela esteja à espera de uma qualquer luz, de uma vibração positiva (seja lá o que isso representa), ou de uma química de entendimento.

Mas eu, anseio pelo momento de poder dizer–lhe tantas coisas!

tantas coisas, que só ela saberá entender.


Desvendar-lhe os meus sonhos, as minhas alegrias, as minhas tristezas.

Mas sempre que penso que a encontro, tudo pára em mim e no meu coração, e acabo por emudecer estupidamente. Chegando a tornar–me ridículo, ao não conseguir dizer coisa com coisa.

Apenas sonho em poder abraçá-la, beijá-la,
em poder colocar a sua cabeça no meu ombro e dar–lhe o meu carinho,
toda a minha certeza,
toda a segurança da minha força,

e do meu querer.

EU CONTINUO A TUA ESPERA,
MEU AMOR!!

" A Nossa Vida "




A vida aprisionou-nos em lugares em que antes quisemos estar,
e que agora vemos que não são para nós senão lições que está nos ensina,
naquele misto de aprender vivendo e viver aprendendo a que ela tanto nos obriga.

E se assim for,
se estivermos em fase reconstrução do nosso interior,
então nada mais nós resta senão ir para obras: é preciso vazar todos os pisos de alto a baixo, do sótão à cave, e pôr todas as tralhas na rua, ao ar, para tirar o mofo.

È tempo de escolher o pouco que é aproveitável e que poderá servir para a vida futura, depois a casa tem que ser limpa e arrumada, pintada e restaurada.

Tudo o que for para o lixo não mais atrairá as ratazanas que nos mordiscam e roem a vida, que nos contagiam de doenças perigosas, que nessas velharias fazem ninhos promíscuo repletos de dejectos mal cheiroso.

Não;
Essa praga também irá com o lixo, para bem longe.

E depois, já com o interior todo limpo, arrumado, pintado de fresco, poderemos finalmente viver uma vida completa e recheada de tudo aquilo que temos direito e que nos é devido, de tudo aquilo que não nos têm deixado ter, de tudo o que nos têm roubado do interior da nossa alma, até já quase não termos nada para dar, até já termos apenas vontade de coisa nenhuma.

Sempre numa rotina repetitiva em que, por muita variação que exista naquilo que se vive, tudo se torna igual porque nada tem um significado realmente importante, porque quando apenas se passa o tempo não se é feliz.

Porque a verdadeira Felicidade, essa tem o condão de pára o tempo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Pai Natal Vs Mãe Natal





Todos nós, de uma forma ou de outra, já ouvimos falar deste Senhor. Nomeadamente no início de Dezembro, todos se referem a este Senhor Goooooordo, vestido de vermelho e com barbas.

Depois ás vezes, de forma quase envergonhada, há alguém que se lembra da Mãe Natal…..
Mas, incompreensivelmente, ninguém dá tanto protagonismo a essa Senhora!.
Dai julgo ser pertinente formular a seguinte questão:

PORQUE É QUE O PAI NATAL TEM DE SER SEMPRE GOOOOOORDO E A MÃE NATAL UMA SENHORA TODA B**, OU SEJA UMA SENHORA 5 ESTRELAS COM UM CORPO ESCULTURAL????






Será que isto quer dizer alguma coisa?

Será que as mulheres vêem algo nos Gooordos, que não encontram em nós, pobres terráqueos magriços?

Será?

Realmente não entendo!!!!






P.s.:

Com esta minha reflexão não pretendo ofender as pessoas mais pesadas!.

Estou é preocupado com o bem estar do Dr. Talon, já pensaram se os mais pesados têm acesso a esta minha reflexão, lá se vai o negocio do bom do Dr.



segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O côncavo e o convexo.

Não acredito que um idioma limite uma emoção.
Não existem idiomas específicos para falar sobre o coração.


Pode falar-se em Japonês, Francês, Inglês, Português ……
Contando que o que sentimos seja sincero.


Acredito que os sentimentos verdadeiros,
não encontram barreiras ou limites linguísticos ……


Para comprovar esta minha teoria,
deixo aqui um tema dos anos 80,

do “Rei” Roberto Carlos,
cantado em dois idiomas.

"Onde param os odores do cesto da roupa?"


Gostava de ter com quem partilhar a minha máquina de lavar roupa.

Durante todos estes anos engomei muitas camisas que não eram minhas...
e todas elas acabaram por ganhar vincos que o tempo teima em não retirar.
Será que voltarei um dia a sentir a misturar de odores no cesto da roupa?
Ou serei eternamente um vagabundo nesta minha cozinha,

aonde vagueiam histórias de águas e detergentes por contar?

domingo, 25 de novembro de 2007

Je t´ Aime

Lara Fabian

Love By Grace

Lara Fabian

I Wil Always Love You

I Wil Always Love You, na voz incomparável de Whitney Houston.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"O Nosso Primeiro Amor"

Adagio in Albinoni

A grande magia

Do Nosso primeiro amor

Está no facto de nós não concebermos,

A ideia que este pode terminar um dia...

"Procuro-te"

Procuro-te.
Tenho a certeza que Tu andas por aí.
Sabes, temos andado desencontrados,
É que a vida é mesmo assim.
Feita de encontros e desencontros.
Às vezes parece-me que oiço os teu passos,
e então digo que estás a chegar.
Noutros momentos sinto que sou eu que fujo de ti.
Não compreendo porque tem que ser assim.
Porquê?
Será receio?
Mas medo de quê?
De Ser Feliz?.


Lara Fabian - " Adagio Italiano "

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Máurice Bejart

A magia do coreografo contemporâneo Máurice Bejart, associado ao som magistral dos Queem, são por vezes o melhor balsamo para qualquer ferida.
I Was Born to Love You

The show must go on

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Shahnour Vaghinagh Aznavourian


Shahnour Vaghinagh Aznavourian mais conhecido pelo seu nome artístico de Charles Aznavour , nasceu em 22 de Maio de 1924, filho de imigrantes Arménios, Michael e Knar Aznavourian.

Uma vez que os seu pais eram artistas, este acabou por entrar no mundo do teatro ainda muito novo, tendo aos 9 anos assumiu o nome artístico Charles Aznavour.

O seu grande impulso foi quando a cantora Édith Piaf o ouviu cantar e o levou consigo numa turné pela França e pelos Estados Unidos.

Frequentemente descrito como o Frank Sinatra da França, Aznavour canta principalmente o amor

Além de ser um dos mais populares cantores em França e no exterior, Charles Aznavour actuou em mais de 60 filmes, compôs mais de 1000 canções (incluindo 150 em Inglês, 100 em Italiano, 70 em Espanhol, 50 em Alemão) e já vendeu mais de 100 milhões de discos.

Nos anos 70, Aznavour tornou-se um grande sucesso no Reino Unido, onde sua canção "She" saltou para o número 1 dos Top´s.

Desde o Terramoto de 1988, na Arménia, Aznavour tem ajudado o país através da sua obra humanitária: a "Fundação Aznavour Pour L'Arménie".

Existe mesmo uma praça com seu nome na cidade de Erevan, na rua Abovian. Aznavour é também membro da Câmara Internacional do Fundo de Curadores da Arménia.

Esta organização angariou, desde 1992, mais de 150 milhões de dólares em ajuda humanitária e assistência de desenvolvimento para as infra-estruturas da Arménia. Em 1997 Charles Aznaour foi nomeado como "Officier" (Oficial) da Légion d'Honneur.

Assim e para os nostálgicos e romanticos, como eu, deixo aqui para Vossa analise 3 temas deste Grande Senhor da Musica Francesa.

Temas esses que gosto particularmente de ouvir, num ambiente de completa escuridão, sempre que a vida me é menos agradável.
"Yesterday when I was young"

"She"

"La Boheme"

sábado, 17 de novembro de 2007

Já cheira a Natal

Todos os anos, sempre que chega a época natalícia, vem-me à memoria os anos oitenta e a celebre canção do Chris Rea - "Driving Home For Cristhmas".

Hummmm, será que esta canção ainda faz parte do imaginário de alguém ??????

Para aqueles nostálgicos, como eu, e para os outros que não tiveram a oportunidade de viver na plenitude os anos 80, aqui fica um cheirinho, do som, desses loucos anos.


Bebo Y Cigala

Por norma aos domingos de manhã, enquanto alguns dos meus vizinhos se ocupam da lavagem dos seus carros, de passear o cãozinho, da ida a Igreja ou as compras com as suas caras metades, eu dirigo-me, sorrateiramente, ao porta bagagens do carro mais sujo da rua, em que moro, e mudo os 6 cd´s da caixa que me ajudarão a alimentar o espírito e a alma durante mais uma semana.

Nos últimos meses só tenho mudado 5, dos 6 cd´s possíveis.
E o culpado desta terrível situação é o meu, estimado, irmão Jorge que me conhecendo, quase como ninguém, me ofereceu o CD e o DVD do Bebo Y Cigala.
Confesso que já algum tempo que tenho interesse por tudo, ou quase tudo, o que possa ser catalogado como músicas de fusão.
O disco do pianista cubano Bebo Valdéz e do cantor castelhano Diego El Cigala mostra como duas culturas musicais tão distintas como o Flamenco e o Jazz latino-cubano podem juntar sinergias e resultar num trabalho verdadeiramente espantoso.

A voz é absolutamente assombrosa e o sentimento que emana do piano não é traduzível em palavras.

Bebo Valdéz é provavelmente o maior pianista cubano de sempre e neste trabalho não deixa os seus créditos por teclas alheias.

Deixo aqui para Vossa analise duas apresentações, muito, muito singulares destes dois grandes interpretes.

Nota: aconselha-se que as mesmas sejam escutadas à meia luz, e preferencialmente após as 24 horas, de frente para uma lareira, em cujo interior se avistem labaredas, acompanhado por um vinho licoroso, e .........

Vinte anos


Coração louco

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mafalda Veiga - Cada Lugar Teu

Outra das Nossas Compositoras Contemporâneas é, para mim, sem duvida a Mafalda Veiga. Assim convido-vós a escutarem a composição "Cada Lugar Teu".


Pedro Barroso - Menina dos Olhos de Água


Do grande, grande Compositor e Trovador Português Pedro Barroso, com uma introdução soberba do, também, grande Declamador Mário Viegas.

Tomo a ousadia de vós desafiar a procurarem, e consequentemente escutarem, o álbum de Pedro Barroso "Longe d´aqui", que inclui temas tão actuais como "Eterno"; "Foi por um Rasgo de voz"; "Não sei"; "Excesso" e muitos mais poemas escritos e cantados por este Nosso, Singular, Trovador Contemporâneo.


Poema 20 Pablo Neruda

Convido-vós a escutar o poema 20 do Grande Poeta Pablo Neruda.

Deixo pois aqui, para vossa analise, duas apresentações deste magnifico poema do grande mestre Pablo Neruda. Gosto de pensar que somos singulares na forma de pensar, sentir e dizer as "coisas".

Poema 20 de Pablo Neruda

Poema 20 Pablo Neruda - declamado por Pepe Sarmiento

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Michael Bublé & Laura Pausini -You'll Never Find

"A porta"

Durante anos procurei uma saída para a inquietação.
Por varias vezes vi portas.
Ganhava coragem.
Abrias.
Dava um passo em frente.
Olhava a minha volta,
intimidava-me,
voltava atrás,
fechando-a novamente,
e regressava ao meu desassossego.
A coragem, essa,
fora sempre de pouca duração.
O desalento voltava, bem como a dissolução.
E ali ficava eu,

Puxava de um banco,
E sentava-me, horas a fio,

A olhar aquela porta.


"Adeus"

Naquele terraço a noite já ia longa,
era Julho, e á muito que o sol se tinha posto.
No entanto nós ali permanecíamos,
avistando o rio, os barcos e ao longe as luzes daqueles
que habitam a outra margem.

Ecoava no ar, de forma quase ininterruptamente,
A 5 sinfonia de Mahler.
Lembras-te?
Era efectivamente a 5 sinfonia de Mahler.

E nós conversávamos, conversávamos,
e o nervoso miudinho imperava.
Distantes olhares.
Subitamente,
subitamente, levantaste-te
e o meu coração quase parou.
Vieste na minha direcção.
Fez-se silêncio.
Um grande silêncio.

E sem dizeres nada
aninhaste-te em mim.
Num abraço terno e profundo.
Só nós,
a vista
e a musica,
e…….

E ali ficamos,
até ontem.

Adeus!!

"Quem morre"


Quem morre?


"Morre lentamente

quem se transforma em escravo do hábito,

repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca

Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamentequem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente

quem evita uma paixão,

quem prefere o negro sobre o branco

e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,

justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,

corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente

quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,

quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,

quem não se permite pelo menos uma vez na vida,

fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente

quem não viaja,

quem não lê,

quem não ouve música,

quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente

quem destrói o seu amor-próprio,

quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,

quem passa os dias queixando-se da sua má sorteou da chuva incessante.

Morre lentamente,

quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,

não pergunta sobre um assunto que desconheceou não responde
quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,

recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior

que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos

um estágio esplêndido de felicidade."


Pablo Neruda

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

"A Revelação"

João sempre fora um homem vs adolescente liberal,
humano, com conceito de família e acima de tudo livre.
Livre de todos os dogmas, religiões, credos,
preconceitos, ideias feitas,
que sempre soubera respeitar
os conceitos e ideias dos outros.

Era pois o Amigo, o confidente,
no real sentido do termo.
Era uma pessoa estimada,
Respeitada e por vezes até invejada pelos seus pares

Hoje no lumiar da passagem da barreira
Da ternura dos 40, sentia que tudo passara
A ter mais importância no campo sentimental,
Em detrimento de outros.

Embora fosse, ainda, juridicamente casado
a sua relação com a sua companheira
a muito que se resumia a partilha de um espaço
que era comum a ambos, bem como
a colaboração na educação dos filhos,
essas pobres criaturas que não tinham
culpa do facto dos pais se entenderem
ou não.

A sua vida era, acima de tudo,
uma opção de vida responsável,
quase um sentido de missão.


Se em tempos,
se considerou um homem apaixonado
pela vida, amante dos mistérios envolventes da noite,
do glamour da lua……
e repleto de emoções.
Hoje simplesmente vegetava.
A sua vida resumia-se a uma
angustia, envolta em magoa e revolta,
na procura das razões
que levaram a que o seu universo familiar
se tivesse desmoronado como um castelo de cartas.

Não entendia a frieza da sua Companheira.
A razão pela qual esta preteria a sua companhia
em detrimento da de outras pessoas.
Não aceitava que tudo tinha terminado.
Que tal como na vida o amor também tinha um fim.


Mas certa noite tudo mudou.
Ao passar numa artéria da sua cidade
Encontrou um carro que lhe era familiar.
- Como seria possível estar aquele carro ali?
Ela tinha acabo de lhe telefonar para saber
dos filhos e mais uma vez lhe confirmara
que o jantar com as colegas de trabalho iria ser no Restaurante X.
- Como é possível estar ali aquele carro, no outro estremo da cidade?
Imbuindo de uma raiva, mas ao mesmo tempo de um sentimento de culpa,
tomou coragem e dirigiu-se a porta do restaurante, enfrente do qual o veiculo
se encontrava estacionado.

E ali estava aquela, aquém durante tantos anos tinha gentilmente chamo de seu amor.
Ali estava ela, toda produzida, tentando seduzir o homem que a acompanhava.
Nesse instante, tudo se desabou, como se um buraco se abrir-se
subitamente na calçada, a final aquela que era a mãe dos seus filhos
já não era a sua mulher.
Saiu, correu para o carro,
Mas naquele preciso instante entendeu.
Naquele pequeno instante entendeu que a vida
era preciosa de mais para que percamos tempo a nós
Esconder-mos dela.



Assim bateu com a porta do carro e partiu.

Partiu em busca do reencontro com
Esse homem que fora outrora, para nunca mais voltar……….

"Almas Gemeas"


As recordações não param
de atormentar a minha cabeça
com o que se passou.

A nossa história
fica na minha memória
como um filme que me marcou
e me faz questionar
se tudo
o que nós vivemos, juntos,
acabou ...

Tu foste-te embora
e deixas-te uma saudade
acrescida de uma solidão
que me apavorou
que me maltratou e magoou
profundamente o meu coração.

Que sofreu por não ter
a felicidade que esteve sempre
em tuas mãos.
E quanto tempo mais
Tu iras demorar para reflectir
sobre essa nossa relação ?.
O teu silêncio trouxe
o desespero
e eu já não aguentei
essa tua indecisão.
Eu quero poupar
o meu coração

Já chorei sozinho
só pensando em Ti.
Sei que é inútil tentar-te esquecer.
Posso até disfarçar
que deixei de te querer

Mas eu sei que a minha vida
tem que continuar sem Ti

"Já não existe eco"



Hoje o silêncio é tão fundo,

tão fundo,

que sinto que quase caio lá dentro.

"Há certas coisa inexplicáveis"



“Eu adoro descobrir-te, destapar-te, sentir o odor do teu corpo e a suavidade da tua pele.

Adoro o contacto contigo, todos os contactos.

Amo fazer amor contigo”.

I wish you


Desejo-te numa língua qualquer que não o português,

porque em português soa-me mal dizer esta verdade.

sábado, 10 de novembro de 2007

" A Tua Espera"



Sou antes de mais
Pai, Filho e Irmão, Amigo e Amante da vida.
Tenho muitos defeitos e algumas virtudes.
Sou bem disposto, sorridente, mas contudo...
Fico algumas vezes irritado,
especialmente com a mentira, a traição,
a falta de respeito, e a cobardia.

Mas
Não esqueço que a minha vida,
a pare com os meus filhos,
são hoje a maior empresa do mundo.
Luto cada dia para que esta seja um sucesso.
Empenho todas as minhas forças para nunca vá à falência.








Gosto de gente humana,

Gosto de gente com conteúdo interno,

idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.

Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail,

um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um livro,

um gesto de carinho, um abraço, um afago.

Gente que ama, que sente saudade, gosta de amigos, cultiva flores, admira paisagens, poeira e chuva.

Gente que tem tempo para sorrir, repartir ternuras, afectos, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções.

Gente que gosta de fazer coisas que lhe dá prazer, sem fugir aos compromissos, por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e que esteja disposta a aprender, mesmo que seja com uma criança, um pobre, um analfabeto.

Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos.

Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros, fazendo redentoras as suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim...

Sou Homem...logo...pecador!

Dizem que o prazer é pecado, que o seja!!

Deixem-me pecar, cometer excessos,

Ser irresponsável,

Ser louco, perder o norte, ficar sem roupa, perder a razão,

Ser tomado como praticante desse pecado.


Para mim,

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,

Com todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é para mim, hoje mais do que nunca,

Deixar de ser vítima dos problemas e tornar-me o autor da própria história.

Orgulho-me de fazer parte de um grupo de pessoas que faz de uma simples mancha amarela... o “próprio Sol".

Se Tu também és assim

Humilde, e ao mesmo tempo frontal,

Fria e lúcida, mas ao mesmo tempo doce e meiga.

Sem nunca deixar de ser felina, sensual e bamboliante.

Se Tu és assim Mulher.

Então, eu estou aqui!

Eu estou aqui!

Eu estou aqui à tua espera!!!


"O Sonho"

Sonhei-me
Um barco perdido na imensidão do mar;
Vogando em ondas revoltas
Num percurso em desalinho...




Sonhei...
Que se tinha posto o sol
E a noite veio sem luar,
Mas tu eras o meu farol
iluminando o meu caminho.





Sonhei...
Que estavas sempre tão pronta
A abrir meu coração...
E vinhas ao meu encontro através da escuridão.

Sonhei...
Que tinha envolto o meu corpo
Pelo teu amor forte


Que me beijavas, ficando comigo louco
Sentia teus lábios quentes a me levar ao meu desnorteio.


Foi então que abri os olhos
Fiquei com ar triste e revoltado:
Por me ver num mundo de mentiras,
E descobrir que tu nunca tinhas estado a meu lado

O que tivera foi realmente um sonho...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

" A Palavra "



Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca,

São palavras de amor,

de esperança louca.


Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto,

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.


Continuo o adolescente errante

na intensa busca de ouvir palavras diferentes.

Palavras que não magoem....mas que compreendam.

Estou certo que existem muitos tipos de palavras

no entanto eu ainda não ouvi alguém entoar,
com sinceridade, a palavra certa.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

" Sedução "


Por via desse amor mágico
que desafiava o poder da morte,
conhecíamos todo o passado habitado
pela espera do nosso encontro,
trocávamos recordações dos lugares
onde nunca estivéramos,
emoções dos corpos que já não éramos .............


Hoje estou certo
que é muito dificíl encontrar alguém
que não se possa seduzir.
Querendo-se pagar o preço,
que pode ser até o da propria existência,
é possivel seduzir toda e qualquer pessoa !!!!

De amor nada mais resta que um Outubro

e quanto mais amada mais desisto:

Quanto mais tu me despes mais me cubro

e quanto mais me escondo mais me avisto.


De: NatáliaCorreia, in Poesia Completa.

" Já não há cupidos"


As setas do amor partem para todos os lados,
sempre nas direcções erradas, apontadas para
aqueles que não só não as querem como não
as mereciam se as quisessem !!!!!.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

"Não te quero senão porque te quero"


Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,

nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.



DE: Pablo Neruda

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

"Partir ou chegar ?"



Sabe-se que o que regressa não partiu,


e assim na vida andei e desandei mudando de roupa e de planeta, habituando-me à companhia,

à multidão desterrada, à grande solidão dos sinos...



Desmantelei a vida no hino nupcial da tristeza para trazer à luz um sorriso de alegria...


Se o amanhã fosse o hoje imaginado,


então nunca sentiríamos o efeito surpresa!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

" Escritos de um Diário de Amor "


"E quanto mais te perco mais te encontro
morrendo e renascendo e sempre pronto
para em ti me encontrar e me perder"

Manuel Alegre, Obra Poética.

"E em silêncio, fazendo rolar as palavras na cabeça
como pedras soltas na cisterna vazia, escuto alguém,
entre pausas e arrebatamentos, falar do amor e da
morte das ilhas que são mulheres no tempo
curto do homens."

Clara Ferreira Alves, A Pluma Caprichosa.


" Minh´alma de sonhar andar perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois tu és já toda a minha vida!"

Florbela Espanca, Poesia Completa.


"Sonho contigo, acordo com odespertador, toda
a tremer, a transpirar e a pensar em ti."

Sofia Sá da Bandeira, História de uma Mulher Casada.


"Ficavamos no quarto, onde por vezes
o mar vinha irromper. É sem dúvida em dias de maior
paixão que pelo coração se chega à pele.
Não há então entre eles nenhum desnível.

Luis Miguel Nava, Poesia Completa.

"Trago-te no riso enterrado, nas lágrimas que me
lançaste, escada de incêndio para a sabedoria da
felicidade, na pele escaldada pelo brilho da noite,
depois do mar."

Inês Pedrosa, Fazesme Falta.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

"A MINHA VIDA"


Penso que a mais longa
caminhada só é possível
passo a passo,
dia a dia,
a partir de pequenos
gestos de ternura,
respeito,
compreensão,
lealdade,
bondade.

Não podemos modificar a vida,
mas podemos sempre alterar
uma pequena parcela,
não é fácil,
não é rápido,
mas vale sempre a pena tentar.

Não quero peder tempo
com arrependimentos,
reconheço quando erro,
peço desculpa e contínuo.

Acredito que vale a pena viver,
não porque a vida é bela,
mas porque penso ter os amigos certos
para as horas incertas.

Sei que ainda vou cometer muitos erros,
mas tenho uma ansiedade enorme
por viver momentos maravilhosos…….

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Saudade


Saudade não quer dizer que estejamos longe...

Mas sim que um dia estivemos juntos!

O maior risco da vida é não fazer nada


As pessoas "entram" na nossa vida por uma ''Razão'', uma ''Estação'' ou uma ''Vida Inteira''. Quando nos apercebemos qual a razão pela qual elas entraram na nossa vida, vamos saber como agir com cada uma delas.

Quando alguém está na nossa vida por uma ''Razão'', é geralmente para suprir uma necessidade que nós demonstramos.
Nesse caso elas, vem para nós auxiliar numa dificuldade, fornecer uma orientação e apoio, ajudar física, ou emocionalmente.
Elas poderão parecer surgidas como uma dádiva! Elas estão lá pela razão de precisarmos que elas lá estejam.
Então, sem nenhuma atitude errada da nossa parte, ou numa hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim.
Às vezes essas pessoas morrem.
As vezes elas simplesmente se vão.
Às vezes elas agem e forçam-te a tomar uma posição.
O que devemos apreender é que as nossas necessidades foram atendidas, os nossos desejos preenchidos e o trabalho delas está feito.
E agora é tempo de ir.

Quando as pessoas entram nas nossas vidas por uma ''Estação'', é porque chegou a vez de dividir, crescer e aprender.
Elas trazem-nos a experiência da paz, ou fazem-nos rir.
Elas poderão ensinar-nos algo que nós nunca fizemos ou ousamos fazer.
Elas geralmente dão-nos uma quantidade enorme de prazer.
Acredita!
É real!
Mas somente por uma ''Estação''.

Relacionamentos de uma ''Vida Inteira'' ensinam-nos lições para toda a vida: coisas que nós devemos construir para ter uma formação emocional sólida.
Nesses casos a nossa tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar em prática o que aprendemos.

Obrigado por seres parte da minha Vida, pois se dizem que o amor é cego, então a amizade é clarividente.

''O maior risco da vida é não fazer NADA''

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

ANSEIOS


Pesada a atmosfera
Que nos envolve!
Nada dissolve
Este nevoeiro
Enrolado como era.
Aos parapeitos
Húmidos ......
PEga-se a nós
O nevoeiro,
Denso,
Pesado,
Carregado sobre nós,
Sobre o corpo e sobrea a alma,
Arrevesado,
Miasmento,
Pardacento,
Pegajoso,
Brumoso,
Condensado ....O ambiente que nos envolve,
Nos enrola,
Nos desconsola,
Nos chove dentro da alma,O ambiente de tortura,
De amargura,
De ansiedade ....
De anseios de luz pura,
De claridade.
E para lá do nevoeiro,
E de toda a podridão,
Brilha o sol reverberante,
Estonteante
De luz, de calor e de acção.
E para lá deste ambiente,
Sente
A minha intuição
E a minha razão,
O calor ardente
Duma ressurreição.....
Vontade indómita,
Crua, desempoeirada,

Ou o sol desencadeia a trovoada,
Dissipando esta vida atormentada,
Desfazendo o nevoeiro
Ou teremos de fugir nós para o sol
Ao acaso, aos baldões,
Lutando a cada hora ....

Ou vem o sol para dentro
Ou irei eu para fora ....

A AUSÊNCIA DE TI


Por muito tempo achei que ausência correspondia a falta.

E como tal lastimei, ignorante, a falta.

Hoje já não a lastimo!!!

Pois a ausência é um estar em mim.

Assim sinto-a branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,

que rio e danço e invento exclamações alegres.

A ausência, essa ausência assimilada, ninguém rouba mais de mim.

"Não se escolhe"


Tenho guardado na memoria, cada olhar brilhante,
cada sorriso feliz que trocamos…
cada aperto de mão que nos demos,
cada palavra dita …….
Cada lágrima de alegria chorada,
cada musica ouvida,
cada conversa que tivemos dentro da nossa amizade,
complicada e de afinidades então tão grandes...

Seria uma emoção para mim,
saber que tu guardaras sempre na tua memoria,
que eu gosto de ti …….
Sabes isso? no fundo sei que sabes.

Pois não haverá distancias que nos afastem nem tempo que nós faça esquecer....
nem barreiras que não possam ser vencidas
(quem me dera ter esse poder).

Mesmo que nunca entendas que sou "especial" para ti,
TU serás sempre ………..

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O AMOR

Ah, o amor... e suas tão diferentes formas de se manifestar.
Homens e mulheres, homens e homens, mulheres e mulheres: paixão, desejo, companheirismo, cumplicidade.
E, em cada uma dessas formas, mais modelos diferentes de relacionamento, outras expectativas, carências, medos, seguranças e certezas.
O curioso é ver como a combinação disso tudo se altera, com bases na opção sexual de cada casal. As lésbicas se dizem mais intensas e arrebatadas.
Os gays, mais tolerantes e liberais.
E os heterossexuais... bem, esses que como eu se dizem o equilíbrio feliz e infeliz disso tudo.
É claro que generalizar, ainda mais quando o assunto é esse, é um tremendo perigo.
Mas, brincando com tudo isto, descubro que existe uma coisa em comum que une todos eles: o amor.
Sempre e só o amor!!!

A MOEDA

A moeda é sempre a mesma: intensa, valiosa, e até perigosa.
De um lado o amor desmedido, apegado, arrebatado e cheio de expectativas.
Do outro, o ódio, a decepção, a incompreensão.
Às vezes, basta muito pouco para as faces girarem e, o que antes era felicidade e realização, se transforma em rancor, num sentimento amargo e mal resolvido, que prende todo um passado.
Entre traições, mentiras e ilusões alimentadas, nenhum final pode ser tão infeliz para um amor do que vertê-lo em ódio.
O ódio é o lado negro do amor.
Tanto o ódio como o amor são, de certa maneira, muito parecidos, são as duas faces da mesma moeda, porque se nutrem da existência do outro.
Hoje acredito que "despir o amor" de sacrifícios é a melhor forma de mantê-lo longe de cobranças negativas e, consequentemente, de expectativas exageradas e prováveis decepções.
Torna-se necessário resgatar o essencial desse sentimento que é a incondicionalidade.
É dar o amor sem quantificá-lo para transformá-lo em dívida, imaginando o que virá em troca de tal esforço.
Hoje entendo que decepções, mentiras e traições são as coisas mais amargas da vida, e enquanto tais justificam perfeitamente o surgimento de sentimentos negativos. No entanto nutri-los, não leva a absolutamente nada.
Entendo pois que é aceitavel vivê-los, consumá-los, mas sempre com o objetivo de os afastar, logo qu seja possivel, para assim manter a mente e o coração limpos e livres.
Só assim será possível amar nova e verdadeiramente.

SOLIDÃO

Solidão!

Solidão não é ter falta de alguem para conversar, namorar, passear ou para ter sexo... Isso é pura carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isso é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isso é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isso é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isso é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...Solidão é quando nos perdemos de nós próprios e procuramos em vão pela nossa verdadeira alma!!!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

OS VERDADEIROS AMIGOS

"Um dia a maioria de nos ira separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas deitadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudade até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices....

Ai, os dias vão passar, meses...anos... até esse contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo.....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!

-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!".

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......

Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima, abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas estou certo que enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"



Ps.: Os verdadeiros amigos revelam-se nos momentos negros e amargos da nossa vida, os outros são meros conhecidos.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

"Descobre o que há de bom em ti!!"

Sorri...
Mas não te escondas atrás desse sorriso...
Mostra quem és, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o teu sorriso, assim como eu.
Vive!
Tenta!
A vida não passa de uma tentativa.
Ama acima de tudo, tudo e todos.
Procura o que há de bom em tudo e em todos.
Não facas dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceita!
A vida, as pessoas, faz delas a tua razão de viver.
Entende as pessoas que pensam diferente de ti, não as reproves.
Olha à tua volta, quantos amigos...
e tu já fizeste alguém feliz hoje?
Ou antes fizeste alguém sofrer com o teu egoísmo?
Não corras.
Para que tanta pressa?
Corre apenas para dentro de ti.
Sonha!
Mas não prejudiques ninguém e não transformes o teu sonho em fuga.
Acredita!
Espera!
Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chora,
Luta!
Faz o que gostas, sente o que há dentro de ti.
Ouve...,
escuta o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Sobe...
faz dos obstáculos degraus para aquilo que tu achas supremo,
mas não te esqueças daqueles que não conseguiram subir a escada da vida.
Mas acima de tudo descobre.
Descobre o que há de bom dentro de ti.

"Qual a diferença entre amor e amizade?"

Perguntei a um sábio a diferença que havia
entre amor e amizade,
e ele disse-me esta verdade:
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor dá-nos asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade, compreensão.
O Amor é plantado e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira, com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem dentro do nosso coração.

"Eu sou assim"

Penso que a mais longa caminhada só é possível passo a passo,
dia a dia, a partir de pequenos gestos de ternura, respeito, compreensão, lealdade, bondade.
Não podemos modificar a vida, mas podemos sempre alterar uma pequena parcela, não é fácil, não é rápido, mas vale sempre a pena tentar.
Não perco tempo com arrependimentos, reconheço quando erro, peço desculpa e contínuo.
Acredito que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque penso ter os amigos certos para as horas incertas.
Sei que ainda vou cometer muitos erros, mas tenho uma ansiedade enorme por viver momentos maravilhosos…….

"Procura-se uma Amiga"

Procura-se uma Amiga. Para o efeito basta ser humana, basta ter sentimentos, basta ter coração.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, de cães, de sol, da lua, do cantar da chuva e das canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja em primeira mão, nem é imprescindível que seja em segunda.
Pode ter sido enganada, pois, todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja pura, nem que seja de toda impura, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se uma amiga para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamada de amiga.
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações da infância.
Precisa-se de uma amiga para não enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Precisa-se de uma amiga que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de uma amiga para se parar de chorar.
Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que bata em nossos ombros, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo,
para Ter-se a consciência de que ainda se vive.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

"A Arte de Ser Feliz"

Houve um tempo em que minha janela
se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um
pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.
E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto
crinças que vão para a escola. Pardais
que pulam pelo muro. Gatos que abrem
e fecham os olhos, sonhando com
pardais. Borboletas brancas, duas a
duas, como refelectidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às
vezes um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu
lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.

(Cecília Meireles)

"Adeus"

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo
era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.

E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.

Não temos nada que dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

( Eugénio de Andrade)