quinta-feira, 4 de março de 2010

..." Há dias " ...


Hoje ao acordar deleitei-me,
Ao sentir o alivio de quem não tem horário marcado para nada,
Ao me sentir sozinho,
Entregue a mim mesmo,
Sem pressas,
Sem compromissos de qualquer espécie.

Há dias em que adoro,
Acordar sem aquele frenesim,
Sem aquele reboliço.
Adoro acordar rodeado pelos lençóis macios que me envolvem o meu corpo meio descoberto.
Saber que posso despertar sem pressa,
Acordar devagarinho,
Ao meu ritmo.
Saborear aquele terno aconchego,
Aquele doce calor,
Aquele silencio…
Até me cansar de estar deitado.

Há dias que gosto,
De sentir toda esta velha cama somente para mim,
Sem partilhas,
Sem o calor de um outro corpo ao lado.

Nesses dias imagino,
Que acaricio a tua pele,
Que sinto odor do teu corpo a gel de banho,
O sabor salgado da tua pele suave,
Que vislumbro o teu corpo coberto por uma minúscula peça de roupa,
Que te agarro e sucumbo na atracção que esse teu corpo imana.

Mas hoje prefiro,
Não ter de pensar no que vou fazer daqui a umas horas,
Hoje simplesmente não me apetece pensar,
Planear,
Hoje apenas me apetece saborear este momento…

Lá fora a vida corre,
Indiferente a este meu estado de espírito.
Mas eu enrolo-me ainda mais nestes meus meigos lençóis.
Sinto-me envolver por aquela doce preguiça
E no silencio que reina neste lado oposto da janela.

Lá fora o dia acorda,
Os raios de luz invadem os vidros,
E eu não resisto a ficar mais tempo sozinho,
A minha imaginação vai novamente buscar-te para perto de mim…

Há dias,
Em que necessito de uma manhã assim,
Apenas minha …
Mas contigo, sempre, no meu pensamento.

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