Gostava de ter com quem partilhar a minha máquina de lavar roupa.
Durante todos estes anos engomei muitas camisas que não eram minhas...
e todas elas acabaram por ganhar vincos que o tempo teima em não retirar.
Será que voltarei um dia a sentir a misturar de odores no cesto da roupa?
Ou serei eternamente um vagabundo nesta minha cozinha,
e todas elas acabaram por ganhar vincos que o tempo teima em não retirar.
Será que voltarei um dia a sentir a misturar de odores no cesto da roupa?
Ou serei eternamente um vagabundo nesta minha cozinha,
aonde vagueiam histórias de águas e detergentes por contar?
5 comentários:
De pequenas coisas é feita a essência da vida. Não há amor sem partilha, até da máquina de lavar de roupa.
Maria Fernandes
Muito original este pequeno post.
E nem por ser pequeno deixa de ser profundo.
Linda e ternurenta a ideia da mistura dos odores, a ideia da partilha da máquina de lavar roupa.
Nunca tinha pensado nisso, e acho que nunca olhei para a minha máquina com outros olhos que não fossem para encontrar os 3 buracos importantes: onde enfio a roupa, onde ponho o amaciador e onde ponho o detergente.
A partir de hoje, tenho a certeza que sempre que a puser a trabalhar vou olhá-la também eu, como a enorma prova de uma solidão que já me cansa.
Beijinhos
Pois é!!!!
vivemos numa pressa de vida que queremos simplificar tudo!!!!
Não deixamos de querer sentir os odores...só que preferimos os "de plástico " aos verdadeiros...
Não admira pois que os afectos se evolem!!!!!
UM resto de boa noite!
Partilhar a máquina de lavar roupa ainda é mais romântico do que oferecer um tampo de sanita.
são cenas de um filme passado que nos fica na memoria, na altura nem nos apercebemos da filmagem, mas quando nos lembramos a memoria trai-nos e deixa um sabor a saudade...sofialisboa
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