Nesses dias a minha avó Maria fazia aquilo que melhor sabia fazer e que segundo esta mais fácil era confeccionar para a refeição do passeio em causa, tenho para mim a ideia que a minha Avó só fazia aquele prato porque efectivamente queria agradar ao meu Avô Domingos.
É verdade estou-vos a falar da bela, saborosa e sumptuosa Patanisca de Bacalhau.
Volvidos muitos anos, e agora sem o ritmo desenfreado de uma qualquer excursão, nem com os odores e as musicas que tradicionalmente se escutam nas mesmas, dei hoje, quase inesperadamente, por mim a me travar de amores com a dita patanisca.
Já não acompanhada por uma salada de feijão-frade, mas sim por um arroz de feijão “bem caprichado”, acompanhado por um Cabriz branco estupidamente gelado.
Quanto a companhia, hoje já não havia o rádio a tocar as musicas pimbas da ocasião, havia sim a simpatia, a magia e muita cumplicidade no ar,… mas quanto a isso reservo-me no direito de só vós presentear com essa historia noutra ocasião.
Mas para os curiosos aqui fica a receita da minha Avozinha.
Ingredientes:
Modo de fazer:
Cozer o bacalhau e depois retirar a pele, espinhas e desfiá-lo.
Misturar as gemas com o azeite, a cerveja, o sal e a pimenta e bater bem.
À parte bater as claras em castelo e adicionar ao preparado anterior.
Adicionar por fim a farinha e bater lentamente, até a massa estar homogénea.
Juntar o bacalhau, a cebola, o alho, e a salsa.
Mexer para a massa envolver bem todos os ingredientes.
Fritar, numa frigideira com óleo, formando a massa com uma colher de sopa.
Quando as pataniscas estiverem douradas de ambos os lados, escorrê-las sobre papel absorvente.