sexta-feira, 28 de novembro de 2008

... " a véspera "...

Comecei a perder-te naquele dia
em que os nossos olhos disseram tudo.

O silencio já era um adeus.

Mas que importa o dia da perda
quando existiu a véspera?

... " Tears in Heaven " ...

Eric Clapton

..." Orgasmo antecipado ..."


Os teus cabelos cheiram
a oiro e a manhã de neblina
e acendem o cio que reside
nas minhas narinas inquietas.


Os teus cabelos penetram-me
como agulhas macias
nos poros deste meu
já velho corpo.

Infiltram-se de mansinho
violentamente
devagarinho
em cada centímetro quadrado
deste corpo já cansado.

Mas derramam um calor contagiante
inconfundível
que me faz levantar do chão
e gesticular
tal como um enxame de abelhas
que carrega o pólen pela manhã.

Mas,
fiquei a olhar-te
quando tu me olhavas.

Mas,
optei por beber nessa fronteira
que existe entre o prazer e a dor
nessa constante expectativa de gozo
que nos faz recuar e voltar.

Nessa euforia que se sente na pele,
que respira e espera
pela ausência do corpo desejado.

Sabes ...
existem orgasmos antecipados
no transito destes meus olhos.

Dorme bem...

domingo, 23 de novembro de 2008

..." Everything ..."

Para ti ...


Lifehause

com legendas

" Love Story "

E se a vida é um emaranhado de muitas historias...,
porque não fazer da nossa vida uma verdadeira historia...,


Richard Clayderman

" Panis Angelicus "

Nesta noite fria de final de Novembro,

escuto de uma forma incessante,

esta musica,

esta voz de anjo que me arrepia,

que me faz desejar um novo amanha,

... na vá esperança de que nesse novo dia

nada mais seja igual...


Celtic Womam

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

" Ave Maria "

Há musicas que nos preenchem a alma,

e nos fazem acreditar num novo amanhã...

Celtic Woman

Sarah Brightman

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

... " O eterno momento ..."

" Acordar cansado, vestir à pressa, correr sem saber bem porquê.
A saudade que me invade é de um tempo que eu não vivi.
Compus a gravata e nela enforquei o sentimento, esvaziei o coração cá dentro e compassadamente marchei ao som do hino que não aprendi.
Num desatino faço fogo sem matar, na função que me ocupa o dia, sinto a alegria fugir e esvoaçar como uma ave que troça de mim.
Tudo corre a passo acelerado, mas ao mesmo tempo, a esmo e aleatoriamente, tudo parece estar parado.
Como numa fotografia, que sugere movimento, mas nela nada se move, nem mesmo o vento. O silêncio que nos grita ao ouvido chama-se solidão.
O ruído que nos persegue, companhia.
As cores pronunciam-se como bâton nos lábios, mas logo surgem esbatidas como matizes de Outono tardio.
Tudo faz sentido desde que falte sentido e orientação.
Vida, esse quadro pintado a carvão."


Hoje quando li este pequeno, grande, texto, senti como que estas palavras tivessem vindo ao meu encontro.
Não me recordo de quem as escreveu ou qual a causa que o motivou.
Mas talvez tenha sido a tristeza, ou um simples vazio de alma.

Sem saber porque ultimamente acordo cansado. talvez cansado de estar cansado de me sentir por vezes vazio, apático, e receoso.

Hoje procuro ocupar o meu tempo a encher este meu pequeno coração, com sentimentos novos, já que a vida não é uma tela aonde se desenha simplesmente a carvão.

A minha vida tem que ter cor e sentimentos, quer sejam eles bons ou maus, que me permitam o distanciamento necessário de uma qualquer fotografia em que o momento fico parado e como tal se torna eterno.

..." A partida ..."

Amamo-nos com uma doçura própria
naquelas horas improprias
desse tempo sem fim e sempre repartido.

Fomos vagabundos presos
a um só dia,
a uma só noite,
a uma pequena parte dessa hora.

Fomos seres nómadas,
e pedintes,
mas por um único instante ancorados
na urbe das caricias.

Quando a manhã rompeu
partimos com ela.

Foi doloroso ter de partir assim,
mas nós partimos.

Não trocamos um único beijo,
nem uma única jura de amor,
muito menos uma carta.

Nem sequer nos despedimos.

Partimos apenas.

Seguindo,
já que isso sempre foi tudo.
Já que isso é tudo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

..." A assinatura..."

Sob a laje do meu quarto
o meu corpo dança
repleto de incerteza,
magoa e dor.

Tudo é escuro,
tal como no principio
não há estrelas
não há tempo

Quando o relógio anuncia a meia noite,
sei que chegou a minha vez.
Tantos antes de mim,
tantos depois de mim.

Cruzo a vida
com as mãos algemadas,
batem-me
pela ultima vez.

Quando me vendam os olhos,
sei que chegou a minha hora.
Sorrio para mim próprio.

Nesta vida cega
adquiri um peso maior,
uma maior responsabilidade,
gostar de mim.

Estou sozinho
com a minha vida
abro a porta do elevador,
e saio como um náufrago.

Ouço os rumores do outro lado da porta,
e o tiquetaque anunciado.
Mas eu estou espantosamente calmo.
Eu sabia.

Eu sabia.
Digo para mim próprio.
-Eu não tenho medo da morte!
será por isso que ainda estou vivo?

Amo a vida,
como quem ama uma irmã.
Por isso pego na caneta,
na mesma caneta que em tempos usei para assinar
o contrato então formulado.

Com essa mesma certeza,
de outrora,
assino o documento que irá
por termo a esta minha clausura.

Sei que o que importa hoje é não perder.
Não perder mais nenhum dos dias que me restam,
e ser definitivamente,
estupidamente,
feliz.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

... " My Way ..."

As recordações que ficam foram por minha única culpa.

Se entraste sem sequer bater, foi porque eu deixei a porta sempre aberta...

Queria poder apagar do meu coração o teu outro sorriso e dos meus lábios o sabor dos teus beijos.

Esquecer o sofrimento que quase me custou a minha alma.

Devoramos os momentos e rimo-nos vezes sem fim de coisas que apenas a nossa cumplicidade nos fazia entender.

Ao teu lado, recuei no tempo e reencarnei num outro ser, diferente daquele que durante anos permaneceu escondido por receio, pudor ou medo.

Aquele que te dizia.... apeteces-me aqui e agora... aquele que tinha uma vontade incessante em ir ter contigo a um qualquer hotel, mesmo sem saber o número do quarto.

Ou até mesmo aquele que não aceitava um não, para depois desejar que o devorasses com sofreguidão.

Não poderia ter sido de outra forma, mas percebo agora que nunca foi amor.

Foi algo que tive de viver e tu foste a escolhida... não a mulher perfeita, a companheira, a amiga, a confidente, a amante, mas apenas e tão somente a escolhida.

Foi muito bom um dia ter chegado a acreditar...., foi bom, mas hoje sigo sozinho.

Hoje assinei a tua carta de alforria.


Frank Sinatra - " My Way "

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

..." A minha vida é..., já os meus sentimentos.."

A minha vida é...
uma virgula,
um ponto e virgula,
umas reticências...

Já os meus sentimentos
embora tendo algumas vírgulas,
as vezes um ponto e vírgula,
e com mais uma ou outra reticência

serão sempre qualquer coisa,
Menos um ponto final.

..." Nas estrelas..."

Eu que sempre tento ler esses teus silêncios,
e decifrar as tuas reticências,
em cada linha que aparece no meio dessa tua vida de paixão.

Sei que é cedo,
sei do medo que te provoca as minhas ausências.
Mas à noite quando unimos as nossas mãos,
deixamos que as palavras digam o que sempre quisemos dizer.

Deixa pois que as manhãs aconteçam e espera pelo novo anoitecer.
Sabes,
entre as estrelas é mais fácil alguém se libertar.
Nas estrelas,
fica muito mais fácil alguém se encontrar.

"... Sou o que tu quiseres..."

Sabes,
Por vezes tento fazer versos, mesmo não sendo poeta.
E assim a vida segue, dia após dia.
Já que nesta vida,
podemos ser sonho,
saudade e até lamuria.

Acredito que tenho alma de poeta,
embora nunca o tenha conseguido ser.
Hoje sei que posso ser cristalino como a água de um lago.
Mas também posso ser só sentimento,
às vezes sou só razão, e quantas vezes reflexão.
Mas sou acima de tudo a água de um rio com sabor a mar.

Sou aquele sol nocturno que aquece está noite.
Sou a presença ausente.
Sou o choro e o medo.
Sou a lava de um vulcão que não está dormente,
mas que jamais se esquece.

Mas se um dia já fui paixão,
tentação,
prazer e desejo.

Hoje sou o lenço humedecido.
Sou o choro retido.
Sou a alegria incontida.
Sou o que sou.
Sou o que tu vês nestas simples palavras.

Sou uma vida,
Sou uma realidade,
Sou o teu imaginário,
Sou aquele desejo inconformado de prazer,
Sou uma sensação santa e profana

Sou o que tu quiseres,
Mas sou eu...
O teu amigo,
o teu companheiro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

..." Eterna confusão..."

Sabes que...
Para os erros, existe perdão,
Já para os fracassos, existe uma nova tentativa,
Para os amores impossíveis, existe o tempo.

De nada adianta correr atrás de um coração vazio,
ou tentar compreender uma pessoa que não se conhece,
e não se respeita a si própria.

O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é efectivamente romance.

Tu Mulher...
Não deixes que a saudade te sufoque,
que a rotina te acomode,
que o medo te impeça de tentar novamente.

Desconfia do destino e acredite acima de tudo em ti.

Gasta...
mais horas a realizar, do que a sonhar,
mais a criar, do que a planear,
mais a viver, do que a esperar.

Porque...
quem quase morre, ainda esta vivo,
mas quem quase vive, já há muito morreu.

"... O melhor vestido ..."

"O melhor vestido de uma mulher sao os bracos do homem que a ama.
Para aquelas que não tem essa sorte... existo eu"

Yves Saint-Laurent

..."Passamos a amar..."

"Passamos a amar não quando encontramos uma pessoa perfeita,
mas quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita."

( San Kenn )