sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A MOEDA

A moeda é sempre a mesma: intensa, valiosa, e até perigosa.
De um lado o amor desmedido, apegado, arrebatado e cheio de expectativas.
Do outro, o ódio, a decepção, a incompreensão.
Às vezes, basta muito pouco para as faces girarem e, o que antes era felicidade e realização, se transforma em rancor, num sentimento amargo e mal resolvido, que prende todo um passado.
Entre traições, mentiras e ilusões alimentadas, nenhum final pode ser tão infeliz para um amor do que vertê-lo em ódio.
O ódio é o lado negro do amor.
Tanto o ódio como o amor são, de certa maneira, muito parecidos, são as duas faces da mesma moeda, porque se nutrem da existência do outro.
Hoje acredito que "despir o amor" de sacrifícios é a melhor forma de mantê-lo longe de cobranças negativas e, consequentemente, de expectativas exageradas e prováveis decepções.
Torna-se necessário resgatar o essencial desse sentimento que é a incondicionalidade.
É dar o amor sem quantificá-lo para transformá-lo em dívida, imaginando o que virá em troca de tal esforço.
Hoje entendo que decepções, mentiras e traições são as coisas mais amargas da vida, e enquanto tais justificam perfeitamente o surgimento de sentimentos negativos. No entanto nutri-los, não leva a absolutamente nada.
Entendo pois que é aceitavel vivê-los, consumá-los, mas sempre com o objetivo de os afastar, logo qu seja possivel, para assim manter a mente e o coração limpos e livres.
Só assim será possível amar nova e verdadeiramente.

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