quarta-feira, 18 de novembro de 2009

..."Nem o teu nome poderia ser por acaso"...



Nunca foi por acaso,
Já que nada é por acaso.

Não é por acaso que hoje aqui estou,
Não foi por acaso que te encontrei,
Não foi por acaso que tudo
E nada, ou muito, aconteceu.

Não é por acaso que dói,
Não é por acaso que te esperei anos sem fim,
Não será por acaso que tu acabaras por encontrar o teu caminho,
Não será por acaso que um dia optaras por te entregar, arrebatadamente, a uma nova vida.

Não será por acaso que tu voltaras a cruzar a tua vida ou não.

Não será por acaso...
Não é por acaso
Nada é por acaso.

Seja como for,
Por acaso ou não,
Eu cá estarei.
Eu continuarei aqui...
Mais velho, por certo,
Mas mais consciente do que desejo,
Do que quero,
Do que busco...

Ser um homem,
Arrebatadamente,
Repleto de emoções
E acima de tudo feliz.

Tenho consciência que sou um ser complicado,
Exigente em termos de afectos,
Um ser de excessos...,
Ou tudo...,
Ou nada.

A idade,
Para alem de alguns cabelos brancos,
E do aumento do volume do abdómen,
Trouxe-me também a liberdade,
Há muito perdida,
Da irreverência,
E da alegria de viver.

Trouxe-me,
A vontade de combater a monotonia,
De voltar a sonhar,
De desejar a magia da sedução,
Da cumplicidade dos afectos,
De exigir beijos repletos de emoções...

Sou o que sou...
Um ser complexo!.
Mas acima de tudo autentico,
E verdadeiro.

Quando te descobri tudo foi vivido num só sopro,
Num pulsar forte e sentido,
Numa espera,
Há muito,
Desesperada.

Mas se foi mais forte que eu próprio,
Não poderia ser mais forte do que o meu próprio impulso.
Cruzamo-nos menos vezes do que eu próprio podia,
Ou tenho o direito, de imaginar e desejar.

As tuas lágrimas ficarão para sempre comigo.
Eternamente comigo...
Guardá-las-ei até sempre...
Sem deixar que o tempo,
Ou o quer que seja as seque,
Alter o seu sabor,
A sua cor,
A sua textura.

Elas foram diferentes....
Tu és,
Definitivamente,
Diferente!

Descobriste-me depressa demais...
E como tal tiveste medo.
Eu sei como é...,
Sou um ser que ocupa muito espaço,
E que transporta consigo um turbilhão de emoções,
De desejos,
De sonhos,
De sensações...

Talvez por isso mesmo,
Sempre te dei o tempo solicitado...,
Respeitei o teu espaço,
E hoje continuo a tentar compreender-te.

Contrariamente...,
Á magoa que deveria ter ficado,
Por não ter conseguido atingir o estado pleno à muito desejado.
Hoje transporto o teu sorriso que permanecera,
Para sempre na minha face,
Como se de uma carícia tua, permanentemente, se tratasse.



Nem o teu nome poderia ser por acaso.


.)

5 comentários:

SradeLua disse...

Porque nada,
jamais,
é por acaso...
Nem mesmo nomes
ou,
menos ainda,
os afectos...

Os meus cumprimentos pela beleza das palavras...

F. disse...

Excepcionais estas palavras,
transportam muitas ideias e pensamentos.
De facto, nada é por acaso...
Encontrarmos o caminho é fundamental para se ser feliz.
Os desejos,
sonhos e
sensações ...
numa palavra, sentir a Vida.
Simplesmente lindo!

F. disse...

Um Beijo Especial ...

adelaide disse...

Nada entre nós foi por acaso. Estava tudo escrito.

Anónimo disse...

Impressionante....MS