A conversa começou assim e quando dei por mim, depois de muitas outras conversas das quais nem sequer me lembro da temática, saímos do restaurante e caminhamos lado a lado em silencio durante alguns minutos pelo empedrado de uma rua íngreme desta nossa cidade.
A certa altura, e sem que nada o evidencia-se, Maria agarrou-me pelos colarinhos e empurrou-me para dentro da porta de um prédio que se encontrava aberta, atirando-me contra as caixas de correio, beijou-me freneticamente, enquanto os seus lábios percorriam, de cima a baixo, todo o meu corpo.
Comecei quase de imediato a sentir um calor fora do normal, alem de que havia certas zonas do corpo às quais o sangue chegava de uma maneira completamente descontrolada.
Nesse momento senti que a situação me estava a fugir das mãos, mas ao mesmo tempo sentia-me vivo, como há muito tempo não me sentia. Ela continuava..., estava completamente louca...
Beijava a minha boca com um entusiasmo louco e pouco a pouco após deixar cair a minha gabardina para o chão, levantou-me a camisola até ao pescoço e tirou-me a camisa de dentro das calças.
Eu estava em absoluto êxtase, a respiração de ambos era ofegante... houve um pequeno momento de silencio, até que eu não aguentei e, ainda meio desengonçado, deixei-me deslizar pela húmida parede até que as minhas nádegas sentiram o chão frio.
Nesse exacto momento aproximou-se novamente de mim e voltou a beijar-me na boca, mas desta vez os seus lábios já tinham o sabor das caricias de um anjo...
O Amor, a loucura e a paixão vista pelos olhos de um homem só.
1 comentário:
Fizeste-me lembrar o tempo em que namorei com o meu primeiro amor. Uma paixão que durou anos e anos, tudo o que havia para durar. Namorámos assim, nas ruas, nos vãos de escadas, nos cafés, à chuva, ao Sol... Foi na Penha de França, em várias ruas da Penha de França e arredores. E foi na igreja da Penha de França que nos casámos. Fizeste-me recordar um tempo longínquo e ao mesmo tempo tão próximo na minha memória.
Beijo
Abc
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