terça-feira, 18 de dezembro de 2012
"Dois dias em que nada pode ser feito"
Só existem dois dias, no ano, em que nada pode ser feito.
Um chama-se ontem
E o outro...
Dá pelo nome de amanhã.
Assim hoje é o dia certo para,
Amar,
Acreditar,
Fazer...
E principalmente...
Para VIVER.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
"Para Quem Ama... "
Qualquer distância entre nós
Virou abismo sem fim
Quando estranhei sua voz
Eu te procurei em mim
Ninguém vai resolver
Problemas de nós dois.
Se tá tão difícil agora
Se um minuto a mais demora
Nem olhando assim mais perto
Consigo ver por que tá tudo tão incerto
Será que foi alguma coisa que eu falei?
Ou algo que fiz que te roubou de mim ?
Sempre que eu encontro uma saída
Você muda de sonho e mexe na minha vida
O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida!
Se tá tão difícil agora
Se um minuto a mais demora
Nem olhando assim mais perto
Consigo ver por que tá tudo tão incerto
Será que foi alguma coisa que eu falei?
Ou algo que fiz que te roubou de mim ?
Sempre que eu encontro uma saída
Você muda de sonho e mexe na minha vida
O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo de sonhos,
Pra ficar na sua vida
O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida!
"Problemas" - Ana Carolina
Virou abismo sem fim
Quando estranhei sua voz
Eu te procurei em mim
Ninguém vai resolver
Problemas de nós dois.
Se tá tão difícil agora
Se um minuto a mais demora
Nem olhando assim mais perto
Consigo ver por que tá tudo tão incerto
Será que foi alguma coisa que eu falei?
Ou algo que fiz que te roubou de mim ?
Sempre que eu encontro uma saída
Você muda de sonho e mexe na minha vida
O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida!
Se tá tão difícil agora
Se um minuto a mais demora
Nem olhando assim mais perto
Consigo ver por que tá tudo tão incerto
Será que foi alguma coisa que eu falei?
Ou algo que fiz que te roubou de mim ?
Sempre que eu encontro uma saída
Você muda de sonho e mexe na minha vida
O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo de sonhos,
Pra ficar na sua vida
O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida!
"Problemas" - Ana Carolina
" A Flor e o Espinho "
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor
Paulinho Moska
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
"Não Digas Nada" - Fernando Pessoa
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
(Fernando Pessoa)
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
(Fernando Pessoa)
" Tu Estás Aqui " - Poema de Ruy Belo
Tu estás aqui
Estás aqui comigo à sombra do sol.
Escrevo e oiço certos ruídos domésticos e a luz chega-me humildemente pela janela e dói-me um braço e sei que sou o pior aspecto do que sou.
Estás aqui comigo e sou sumamente quotidiano. e tudo o que faço ou sinto como que me veste de um pijama que uso para ser também isto este bicho de hábitos manias segredos defeitos quase todos desfeitos quando depois lá fora na vida profissional ou social só sou um nome e sabem o que sei o que faço ou então sou eu que julgo que o sabem.
E sou amável selecciono cuidadosamente os gestos e escolho as palavras e sei que afinal posso ser isso talvez porque aqui sentado dentro de casa sou outra coisa esta coisa que escreve e tem uma nódoa na camisa e só tem de exterior a manifestação desta dor neste braço que afecta tudo o que faço bem entendido o que faço com este braço.
Estás aqui comigo e à volta são as paredes e posso passar de sala para sala a pensar noutra coisa e dizer aqui é a sala de estar aqui é o quarto aqui é a casa de banho e no fundo escolher cada uma das divisões segundo o que tenho a fazer.
Estás aqui comigo e sei que só sou este corpo castigado passado nas pernas de sala em sala. Sou só estas salas estas paredes esta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra coisa essa coisa que sou na estrada onde não estou à sombra do sol.
Estás aqui e sinto-me absolutamente indefeso diante dos dias.
Que ninguém conheça este meu nome este meu verdadeiro nome depois talvez encoberto noutro nome embora no mesmo nome este nome de terra de dor de paredes este nome doméstico.
Afinal fui isto nada mais do que isto as outras coisas que fiz fi-las para não ser isto ou dissimular isto a que somente não chamo merda porque ao nascer me deram outro nome que não merda e em princípio o nome de cada coisa serve para distinguir uma coisa das outras coisas.
Estás aqui comigo e tenho pena acredita de ser só isto pena até mesmo de dizer que sou só isto como se fosse também outra coisa uma coisa para além disto que não isto.
Estás aqui comigo deixa-te estar aqui comigo é das tuas mãos que saem alguns destes ruídos domésticos mas até nos teus gestos domésticos tu és mais que os teus gestos domésticos tu és em cada gesto todos os teus gestos e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam certas palavras como a palavra paz.
Deixa-te estar aqui perdoa que o tempo te fique na face na forma de rugas perdoa pagares tão alto preço por estar aqui perdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por estar aqui prossegue nos gestos não pares procura permanecer sempre presente deixa docemente desvanecerem-se um por um os dias e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer sou isto é certo mas sei que tu estás aqui.
"Tu Estás Aqui" - Poema de Ruy Belo,
Do livro "Toda a Terra Todos os Poemas", Editora Assírio & Alvim 2000
Escrevo e oiço certos ruídos domésticos e a luz chega-me humildemente pela janela e dói-me um braço e sei que sou o pior aspecto do que sou.
Estás aqui comigo e sou sumamente quotidiano. e tudo o que faço ou sinto como que me veste de um pijama que uso para ser também isto este bicho de hábitos manias segredos defeitos quase todos desfeitos quando depois lá fora na vida profissional ou social só sou um nome e sabem o que sei o que faço ou então sou eu que julgo que o sabem.
E sou amável selecciono cuidadosamente os gestos e escolho as palavras e sei que afinal posso ser isso talvez porque aqui sentado dentro de casa sou outra coisa esta coisa que escreve e tem uma nódoa na camisa e só tem de exterior a manifestação desta dor neste braço que afecta tudo o que faço bem entendido o que faço com este braço.
Estás aqui comigo e à volta são as paredes e posso passar de sala para sala a pensar noutra coisa e dizer aqui é a sala de estar aqui é o quarto aqui é a casa de banho e no fundo escolher cada uma das divisões segundo o que tenho a fazer.
Estás aqui comigo e sei que só sou este corpo castigado passado nas pernas de sala em sala. Sou só estas salas estas paredes esta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra coisa essa coisa que sou na estrada onde não estou à sombra do sol.
Estás aqui e sinto-me absolutamente indefeso diante dos dias.
Que ninguém conheça este meu nome este meu verdadeiro nome depois talvez encoberto noutro nome embora no mesmo nome este nome de terra de dor de paredes este nome doméstico.
Afinal fui isto nada mais do que isto as outras coisas que fiz fi-las para não ser isto ou dissimular isto a que somente não chamo merda porque ao nascer me deram outro nome que não merda e em princípio o nome de cada coisa serve para distinguir uma coisa das outras coisas.
Estás aqui comigo e tenho pena acredita de ser só isto pena até mesmo de dizer que sou só isto como se fosse também outra coisa uma coisa para além disto que não isto.
Estás aqui comigo deixa-te estar aqui comigo é das tuas mãos que saem alguns destes ruídos domésticos mas até nos teus gestos domésticos tu és mais que os teus gestos domésticos tu és em cada gesto todos os teus gestos e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam certas palavras como a palavra paz.
Deixa-te estar aqui perdoa que o tempo te fique na face na forma de rugas perdoa pagares tão alto preço por estar aqui perdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por estar aqui prossegue nos gestos não pares procura permanecer sempre presente deixa docemente desvanecerem-se um por um os dias e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer sou isto é certo mas sei que tu estás aqui.
"Tu Estás Aqui" - Poema de Ruy Belo,
Do livro "Toda a Terra Todos os Poemas", Editora Assírio & Alvim 2000
terça-feira, 13 de novembro de 2012
"SÚMULA" - Poema de Herberto Hélder
Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca com a leve saliva,
Com o terror que há sempre no fundo informulado de uma vida.
Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas.
E às vezes estou na frente dos campos como se morresse; outras, como se agora somente eu pudesse acordar.
Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes canta e sangra.
Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta.
Eu digo: roda ao longe o outono, e o que é o outono?
As pálpebras batem contra o grande dia masculino do pensamento.
Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra.
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.
- Era uma casa - como direi? - absoluta.
Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metias as mãos na água: adormecia, relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.
Apalpo agora o girar das brutais, líricas rodas da vida.
Há no esquecimento, ou na lembrança total das coisas, uma rosa como uma alta cabeça, um peixe como um movimento rápido e severo.
Uma rosa peixe dentro da minha ideia desvairada.
Há copos, garfos inebriados dentro de mim.
- Porque o amor das coisas no seu tempo futuro é terrivelmente profundo, é suave, devastador.
As cadeiras ardiam nos lugares.
Minhas irmãs habitavam ao cimo do movimento como seres pasmados.
Às vezes riam alto.
Teciam-se em seu escuro terrífico.
A menstruação sonhava podre dentro delas, à boca da noite.
Cantava muito baixo.
Parecia fluir.
Rodear as mesas, as penumbras fulminadas.
Chovia nas noites terrestres.
Eu quero gritar paralém da loucura terrestre.
- Era húmido, destilado, inspirado.
Havia rigor. Oh, exemplo extremo.
Havia uma essência de oficina.
Uma matéria sensacional no segredo das fruteiras, com as suas maçãs centrípetas e as uvas pendidas sobre a maturidade.
Havia a magnólia quente de um gato.
Gato que entrava pelas mãos, ou magnólia que saía da mão para o rosto da mãe sombriamente pura.
Ah, mãe louca à volta, sentadamente completa.
As mãos tocavam por cima do ardor a carne como um pedaço extasiado.
Era uma casabsoluta - como direi? - um sentimento onde algumas pessoas morreriam.
Demência para sorrir elevadamente.
Ter amoras, folhas verdes, espinhos com pequena treva por todos os cantos.
Nome no espírito como uma rosapeixe.
- Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados agora nas palavras.
Prefiro cantar nas varandas interiores.
Porque havia escadas e mulheres que paravam minadas de inteligência.
O corpo sem rosáceas, a linguagem para amar e ruminar.
O leite cantante.
Eu agora mergulho e ascendo como um copo.
Trago para cima essa imagem de água interna.
- Caneta do poema dissolvida no sentido primacial do poema.
Ou o poema subindo pela caneta, atravessando seu próprio impulso, poema regressando.
Tudo se levanta como um cravo, uma faca levantada.
Tudo morre o seu nome noutro nome.
Poema não saindo do poder da loucura.
Poema como base inconcreta de criação.
Ah, pensar com delicadeza, imaginar com ferocidade.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção.
Com alguma ironia furibunda.
Sou uma devastação inteligente.
Com malmequeres fabulosos.
Ouro por cima.
A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete.
Sou alguma coisa audível, sensível.
Um movimento.
Cadeira congeminando-se na bacia, feita o sentar-se.
Ou flores bebendo a jarra.
O silêncio estrutural das flores.
E a mesa por baixo.
A sonhar.
In «Ou o Poema Contínuo», Assírio & Alvim, 2001
Para ver o Video (Realizado por Rui Martelo)
segunda-feira, 16 de julho de 2012
"Afastei-me das palavras..."
Quase sem notar, perdido noutros lugares de encontro, de partilha e de mão dada... deixei-me ir pela vida...
Resumindo, casualmente, esta nova fase a uma frase, às vezes duas, como se já não houvesse cá dentro um mundo repleto de sonhos por descrever e a pedir liberdade.
Por vezes na vida volta-se ao que se ama, abrimos os braços e deixamos que outros entrem e partilhem da nossa existencia...
Noutros tempo, de pura solidão, dor e magoa, deixei que as palavras chegassem junto a mim, às minhas mãos, que me possuissem...
E sem poder parar ou pensar, escrevia até esquecer a vida, num oceano de palavras sentidas, mas sem mim...
Hoje regresso as palavras, na esperança que estas me embalem no sentir desta nova mudança,... como tantas outras, outrora já vividas, sentidas e desejadas...
Hoje, parto na tua companhia, mulher, nesta nossa casa que nós adoptou e deu novo significado a vida...
Hoje "regresso" a casa, reencontro-me com a vida que sempre desejei...
Abres-me os teus braços..., e deixas-me repousar...
Para sempre!...
terça-feira, 20 de março de 2012
... " Ser Pai " ...
Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e quando cheguem.
... É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão.
É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.
Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar.
É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois.
Mas jamais falar no momento preciso.
É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte.
É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.
Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez.
É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é aguentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosear e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda, jamais transferindo aos filhos o que a alma lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.
Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar.
É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.
Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam.
Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição.
É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.
Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projecção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.
Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exactamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver.
É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.
Nota: Não sei quem escreveu mas subscrevo. Feliz dia do Pai a todos os Pais!
terça-feira, 13 de março de 2012
... " Meu Filho " ...
Meu filho a cada teu aniversário olho para trás e vejo o caminho que ambos percorremos.
Foi uma estrada, nem sempre facil, mas que nos premitiu ser hoje as pessoas que somos. Lembro-me que por vezes tivemos que optar entre contar as lagrimas ou simplesmente fazer uma limonada… e claro optamos sempre pela limonada.
Nasceste as 4 horas da manhã de um dia Primaveril, tinhas um cabelo dourado e uns olhos da cor do céu, pesavas 3,26 Kg e medias 50 cm. Começas-te a gatinhar aos 6 meses, a andar com 11 meses, nasceu o teu primeiro dente aos seis meses (10 de Setembro), começas-te a falar com 2 anos, e abandonas-te a chucha aos 3,5 anos. As tuas primeiras palavras foram pápá, mãmã, paia (chucha), gutie (yougurt), Avó Ia (Maria), Avó Bel (Isabel), Pipi (Snopy – o teu cão), Katy (Chocolate).
As tuas primeiras frases eram: “ Quero fazer o óó ” (dormir). Sempre que não querias fazer alguma coisa ou não querias comer dizias: “ M (Guilherme) está muito cansado “. Como eras um rapazinho muito curioso e muito atento a tudo o que te rodeia dizias com frequencia “ Vamos o quê? “ (vamos aonde?).
Adoravas os Teletubbies, os Twins, o Winne the Pooh, tractores com atrelados e massagens nas costas…
Sei que não obstante a distancia, fisica, a que a vida nos ditou, construi contigo uma relação de amor indestrutivel. E mesmo hoje que tu já não tens aquele cheiro a pó de talco, e que não requeres a minha presença a noite… para te contar aquela historia antes de dormires.. ainda assim… continuas a ser o meu filhote… o meu companheiro de brincadeiras… o meu Gui…
Parabens filho, por mais este teu aniversário.
sexta-feira, 9 de março de 2012
... " Nove de Março " ...
sexta-feira, 2 de março de 2012
... " Houve tempos " ...
Houve tempos em que me perdi entre os semáforos intermitentes na passadeira que atravessava o conforto e a inquietação então inabaláveis.
Contrapondo a esta ideia, por momentos, os nossos lábios aderiam em diferentes cargas elétricas, que após se afinarem, já mais nenhum esforço poderá separar…
Se depressa se exigia o cumprimento da despedida, tu não deixavas de brilhas, interiormente, de uma forma tão intensa…
Hoje quero sentir-te respirar… mas sem denunciar esse sentimento que se propaga pelo meu corpo….
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
... " Encanta-me "...
Encanta-me!
Sim hoje,
Eu quero que me encantes…
Que me encantes da maneiras que tu queiras,
Da forma que melhores souberes….
Mas encanta-me!
Encanta-me para que eu me possa dar,
Sem receio de perde ou me magoar.
Encanta-me com a simplicidade do teu ser.
Hoje desejo que me sorrias,
Com aquele teu sorriso malicioso,
Inocente,
Delicadamente carente.
Encanta-me com a delicadeza das tuas mãos,
Gesticula quando tal se torne necessário,
Toca-me,
Pois eu preciso correr esse risco.
Acarinha-me,
Se assim quiseres.
Que eu vou fingir que não entendo,
Que não senti,
Nem queria viver esse sentimento.
Encanta-me com o teu doce olhar.
Olha-me,
Mesmo que só por um segundo.
Olha-me de forma profunda…
Depois desvia o teu olhar,
Como se o meu pestanejar,
Não te tivesse já conseguido encantar...
Então volta,
Para que eu fique perdido sem saber o que falar.
Encanta-me com a doçura das tuas palavras,
Fala-me dos teus sonhos,
Dos teus desejos.
Conta-me os teus segredos,
Sem receio ou medo.
Encanta-me com a tua serenidade,
Sem subterfúgios,
Cálculos ou dúvidas…
Encanta-me na calada da madrugada,
Na luz do sol ou debaixo da chuva.
Encanta-me sem dizer quase nada
Ou querendo,
Dizendo tudo,
Sorrindo ou chorando,
Triste ou alegre...
Mas encanta-me de verdade...
Que eu…
A muito que aguardo por ti!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
... " Gosto de Ti " ...
... " Triagem " ...
Na correria constante da vida
Cruzamo-nos com os nossos sentimentos,
Tal como numa consulta de urgência médica,
Sob a forma de triagem.
Despistamos a doença,
Medimos o sentimento,
Iludimo-nos,
Seleccionamos,
E sempre que possível cuidamos.
Esta nossa triagem
Resulta unicamente da intuição atenta.
Independentemente da razão
É apenas calculada pelo coração.
Este meu conceito de gestão emocional,
Implica um cenário médico
Aonde a gravidade das lesões detectadas
São sempre marcadas com uma fita
Colorida de cor verde.
Verde de esperança
Em ti!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
... " A tua palavra " ...
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