Surpreendes-me nessa busca pelo giz que desenha a luz no espelho do nosso quarto.
Cintilam as cordas de uma harpa, no desejo de despir o movimento escravo do tear que entrança a minha vida em ti.
Junto ao mar puxas-me para a areia aonde não respiro mas conserto a palavra difícil de escrever.
Numa espécie de desejo destruo a sombra da luz da candeia, que tu me devolves, sem sonhos queimados pela aflição da voz armadilhada no amparo de um beijo teu.
Depois rodeias-me, sempre a sorrir, com poemas sobre coisas de outras épocas, de um anteontem.
Nessa altura tento calar o silêncio, que reside na minha cabeça e fechar-me no cimo de uma emoção antiga.
Sabes...
A palavra amor, é algo que não se esgota.
Não é nova e quando alguém a chama, é porque querer uma resposta redonda e bordada numa pulsação completamente descontrolada.
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