quinta-feira, 25 de março de 2010

... " Meu Amor " ...



Fica bem meu amor e nunca te esqueças dos meus beijos
.)

Celin Dion - Titanic

... "A Mulher Que Eu Amo"...




Roberto Carlos


A mulher que eu amo


Tem a pele morena


É bonita, é pequena


E me ama também



A mulher que eu amo


Tem tudo que eu quero


E até mais do que espero


Encontrar em alguém



A mulher que eu amo


Tem um lindo sorriso


É tudo que eu preciso


Pra minha alegria



A mulher que eu amo


Tem nos olhos a calma


Ilumina minha alma


É o sol do meu dia



Tem a luz das estrelas


E a beleza da flor


Ela é minha vida


Ela é o meu amor



A mulher que eu amo


É o ar que eu respiro


E nela eu me inspiro


Pra falar de amor



Quando vem pra mim


É suave como a brisa


E o chão que ela pisa


Se enche de flor



A mulher que eu amo


Enfeita a minha vida


Meus sonhos realiza


Me faz tanto bem



Seu amor é pra mim


O que há de mais lindo


Se ela está sorrindo


Eu sorrio também



Tudo nela é bonito


Tudo nela é verdade


E com ela eu acredito


Na felicidade



Tudo nela é bonito


Tudo nela é verdade


E com ela eu acredito


Na felicidade...

..." Una Furtiva Lagrima " ...


Una furtiva lagrima
Negli occhi suoi spuntò... quelle festose giovani invidiar sembrò...
Che più cercando io vo?
M'ama, lo vedo.
Un solo istante i palpiti
Del suo bel cor sentir!..
I miei sospir confondere per poco a suoi sospir!...
I palpite, i palpite sentir!...
Confondere i miei col suoi sospir!
Cielo, si può morir;
Di più non chiedo, no chiedo
O cielo, si puo, si puo morir
Di più nom chiedo, nom chiedo,
si puo morir, si puo morir
D'amor





Tuna Universitária do Minho


.)


A sullen and secretive tear


That started there in her eye...


Those socialising bright young things


Seemed to provoke its envy...


What more searching need i do?


She loves me, that i see.


For just one moment the beating


Of her hot pulse could be felt!..


With her sighing confounding


Momentarily my sighs!...


Oh god, i shall expire;


I can't ask for more.

... " Faz uma loucura por mim " ...


Quero…,
Ouvir o telefone tocar…,
Abrir a porta e ver-te ali, bela e sedutora!
Com o cabelo solto, um olhar matreiro,
De gabardine e sapatos de salto alto.

Vou-te convidar a entrar,
E quando me voltar para ti,
Após fechar a porta de entrada,
Ficarei estupefacto,
Sem fala.

Estarás ali, parada,
Simplesmente envolta numa lingerie de cor preta,
Enquanto no chão jazerá a gabardine...
Enrolada qual pele de cobra.
Estender-me-ás os braços...
Beijarei esses teus lábios húmidos e sedosos...
Depois, colas-te a mim como quem quer entrar no meu corpo...

A tua pele lisa, com textura de seda, absorve-me o pensamento...
Um odor maravilhoso envolve os meus sentidos,
Deixando-me inebriado...





Quero…,
Sentir o calor dessa tua pele,
Esse calor que embriaga e me alimenta a alma…
Refeito desse primeiro instante,
Vou pegar-te ao colo e levar-te para o quarto.

Colocar-te-ei sobre, o que resta desta cama secular que implora pela tua presença,
Qual peça do mais puro cristal...
Estendida numa posição lânguida, envolvo-te nos meus braços...
Enquanto os teus cabelos brilham à luz de duas velas que ardem sob a pedra de mármore da velha cómoda…

Se a tua pele branca, qual neve em cima de montanha, brilha...
Já os teus seios túrgidos, cheios e rijos, me prendem a atenção...
Dispo-me, pronto para aceitar este novo desafio...
Deito-me a teu lado, e em teus olhos me revejo...
Em desejo, luxúria, paixão...

Passo pelo teu corpo os meus lábios,
Esta minha boca desejosa de tacto…
Apaixonado...
Com os olhos semicerrados, divagas em sonhos e murmúrios,
Subitamente sinto o teu peito relaxar…
Enquanto eu, com uma leve pressão, me aconchego…
Mais e mais…
No teu corpo.

Agarro-te, puxo-te contra mim,
Sinto um profundo suspiro,
Que se desprende do fundo do teu peito,
Que se perpetua no meu cérebro e me enlouquece...

E…
Chega!.
O resto fica no segredo,
A aguardar que tu chegues.

quarta-feira, 24 de março de 2010

... " No teu poema " ...

Noutros tempos a canção era uma arma,
Que passava de boca em boca,
Com melodias simples mas que nos faziam embalar,
Sentir em cada palavra o peso do passado,
e a esperança num futuro que tardava em chegar.

O tal verso em branco, à espera do futuro!




No teu poema

existe um verso em branco e sem medida,

um corpo que respira, um céu aberto,

janela debruçada para a vida.


No teu poema existe a dor calada lá no fundo,

o passo da coragem em casa escura

e, aberta,

uma varanda para o mundo.


Existe a noite,

o riso e a voz refeita à luz do dia,

a festa da Senhora da Agonia

e o cansaço

do corpo que adormece em cama fria.


Existe um rio,

a sina de quem nasce fraco ou forte,

o risco, a raiva e a luta de quem cai

ou que resiste,

que vence ou adormece antes da morte.


No teu poema

existe o grito e o eco da metralha,

a dor que sei de cor mas não recito

e os sonhos inquietos de quem falha.


No teu poema

existe um canto

chão alentejano,

a rua e o pregão de uma varina

e um barco assoprado a todo o pano.


Existe um rio

a sina de quem nasce fraco ou forte,

o risco, a raiva e a luta de quem cai

ou que resiste,

que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema

existe a esperança acesa atrás do muro,

existe tudo o mais que ainda escapa

e um verso em branco à espera de futuro.


Autor: José Luis Tinoco

Interpretado por Carlos do Carmo, no concurso Uma canção para a Europa.





Azeituna - Tuna de Ciências da Universidade do Minho


www.azeituna.pt


... " E Depois do Adeus " ...


Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.


Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder


Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci


E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...


E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

Música: José Calvário
Letra:
José Niza
vencedora do festival da canção de 1974



Azeituna - Tuna de Ciências da Universidade do Minho


www.azeituna.pt

... "Why is the grass always" ...



Why is the grass always greener on the other side of the fence?...

... não obstante os muros que se erguem a nossa volta,
Que por vezes nós impedem de conseguir ter uma visão clara daquilo que nós rodeia...

A verdade é que o paraíso..., a utopia, o sonho... ainda existe...





Sonha sempre!












terça-feira, 23 de março de 2010

... " Who Wants To Live Forever "... - QUEEN


There's no time for us
There's no place for us
What is this thing that builds our dreams yet slips away
From us

Who wants to live forever
Who wants to live forever....?

There's no chance for us
Its all decided for us
This world has only one sweet moment set aside for us

Who wants to live forever
Who wants to live forever?

Who dares to love forever?
When love must die

But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is our today
Who wants to live forever
Who wants to live forever?
Forever is our today

Who waits forever anyway?

... " Love Of My Life " ... Queen



Love of my life - you've hurt me

You've broken my heart and now you leave me

Love of my life can't you see

Bring it back, bring it back

Don't take it away from me

Because you don't know -

What it means to meLove of my life - don't leave me

You've stolen my love and now desert me

Love of my life can't you see

Bring it back, bring it back

Don't take it away from me

Because you don't know -

What it means to me

You will remember-

When this is blown over

And everything's all by the way -

When I grow older

I will be there at your side to remind you

How I still love you -

I still love you

Ooooo

Hurry back - hurry back

Dont take it away from me

Because you don't know

What it means to me

Love of my life

Love of my life ...

Oooh, ooooh...

..." O Sorriso " ...


O sorriso é uma chave

Que abre portas e janelas.

Entre muitas coisas mágicas

O sorriso é uma delas.

O sorriso é simpatia

Também pode ser amor.

O sorriso tem magia

Tem ternura e calor.

O sorriso dá carinho

O sorriso faz amigos.

Constrói tu, no teu caminho

Uma ponte de sorrisos.


Poema: Sorriso, de Rosa Lobato de Faria

domingo, 21 de março de 2010

... " A Magia da Saudade " ...


“Ter saudades tuas. Será possível?

Uma pergunta, ávida de uma resposta,

Que acaba sempre num imenso número de considerações.


A noite faz-me sentir,

Saudades de tudo aquilo que os meus tristes olhos não viram,

E do calor que os abraços, desejam, mas não sentiram.

Saudades de tudo o que a alma gravou como registo sublime de prazer e encantamento.


Já a resposta, curiosa e intriguista, implica um “Não é possível!”.

Uma exclamação que confirma a pergunta, e ao mesmo tempo admite,

Enquanto resposta uma total reflexão...


“Saudade….estado da alma estimulado pelo que vivi e vivo, o que vi, vejo, senti e sinto.Dou abrigo a um sentimento descontrolado”.


Sabes...

Mágico é o momento,

Quando acontecem sentimentos que provêem daqueles que estão distantes,

Dos que nunca mais ouvimos falar,

E até dos que não conhecemos

Ou com quem ainda não privamos...


... Saudades...

... " Ritual " ...


Destino ou desatino

o mistério de esperar-te em cada esquina

translúcida do sono

Estender ambas as mãos

sentir-te tão ardente

como esta imensa noite perfurada

de luzes e de estrelas.


Poema: Ritual, de Emmanuel Félix

sexta-feira, 19 de março de 2010

... " E Deus Criou a Mulher"...

Diz a lenda que,

No princípio do mundo, quando Deus decidiu criar a mulher, deparou-se com o facto de ter esgotado todos os materiais para criar o homem.
Diante deste terrivel dilema e depois de uma profunda reflexão, optou por fazer uso do seguinte:
Agarrou a forma arredondada da lua,
As suaves curvas das ondas,
A terna aderência das bromélias,
O trémulo movimento das folhas,
A forma esbelta da palmeira,
A nuance delicada das flores,
O amoroso olhar do cervo,
A alegria do raio de sol,
As gotas do choro das nuvens,
A inconstância do vento,
A fidelidade do cão,
A vaidade do pavão,
A suavidade da pena do cisne,
A dureza do diamante,
A doçura da pomba,
A crueldade do tigre,
O ardor do fogo,
E a frieza da neve.

Misturou estes ingredientes tão diferentes e tão estranhos e...

criou-te a ti mulher!

Depois, sabiamente, colocou-a ao lado do homem.

Diz ainda a lenda que,
Uma semana depois, o homem veio junto de Deus e disse-lhe :
- Senhor, a criatura que concebes-te para viver ao meu lado quer dar cabo de mim, quer toda a minha atenção, nunca me deixa sozinho, fala sem parar, chora sem motivo e diverte-se fazendo-me sofrer. Assim venho devolvê-la porque não posso viver mais com ela.

- Está bem, respondeu Deus, segurando a mulher.

Após outra semana sobre o ultimo acontecimento o homem procurar novamente Deus e diz-lhe:
- Senhor, estou muito sozinho desde que te devolvi aquela malfadada criatura que fizeste para mim. Ela cantava, brincava ao meu lado, olhava-me com ternura e o seu olhar era uma carícia, ria e o seu riso era música, era bonito de se ver e suave ao meu tacto.
Devolve-ma! Não posso viver sem essa ser demonico!!!


P.s. – Isto é uma lenda, … alem de que existem fármacos e drogas, entre outros, que criam também eles muita dependência… lol.

... "Pai para Sempre"...


Faz hoje um ano que parti.
Fez ontem um ano que me viste, daquela forma singular, pela última vez.

Durante um ano, choras-te, sofres-te, revoltaste-te contra o mundo, mudas-te, viste tudo mudar…

Sei que ainda acreditas que um dia surgirei por uma qualquer porta. Que ouviras o barulho do motor do meu carro a chegar.

Sei que ainda hoje acreditas que te vão falar de mim, que te vão dizer que me viram e falaram comigo…

Sabes embora tenha estado fisicamente presente, a verdade é que parti vezes sem conta.

O teu cérebro ainda não acredita que abandonei aquelas quatro paredes a que ternamente chamávamos de “ nossa casa “, e a que nunca mais voltarei!

Sei que por instantes ficas-te com a sensação de que te tinha abandonado…
Mas sabes que sempre estive contigo, embora de uma forma diferente… fielmente, ternamente…, volto sempre a cada momento, a cada instante, que necessitas de mim…

Lamento tudo o que não fiz contigo…
Lamento a falta que sentis-te, e que ainda sentes de mim.
Lamento por ti… por mim…e pelo nosso pequeno, grande, mundo.

Primeiro fui o teu ídolo, posteriormente sentiste-me distante…
Sempre que te abraçava era, novamente, o teu herói, ate que um dia a vida, crua e nua, te desiludiu demasiado.

Mas sei que um dia iras compreender-me…

No meio de toda esta confusão, achaste-me por vezes coerente, em outras tantas vezes incorrecto…
Talvez por me teres conhecido sempre, e teres chegado ao limite da tua compreensão, deixaste-me ir…, divorciei-me fisicamente de ti… já que mentalmente, nunca sairás do meu pensamento…

Imaginas quantas vezes a minha mente tentou compensar a tua falta com sonhos? Sonhos esses que ainda espero ter tempo de ver realizados contigo…

Hoje ao acordar procurei-te, no quarto aonde te encontravas a dormir, e nesse instante senti que na realidade não voltei para ti, já que nunca deixei de viver dentro de ti…

Voltei-te a sentir…, a sentir-te.

E por pouco tempo que fosse, senti de novo, o carinho, toda a particularidade e os pormenores que me faziam sentir na verdadeira essência de um Pai.

E sabes? Se voltasse a trás faria tudo o que fiz até hoje.
Não me arrependo de te ter deixado, quando deixei, e de ter voltado, desta nova forma, como voltei…

Deixei-te quando a minha presença naquele núcleo familiar me fazia mal, quando a pressão não me deixava respirar.

Voltei quando senti a tua falta, e quando as saudades eram demasiadas para poderem serem suportadas.

E se algum dia errei foi porque pensei que estando, fisicamente, mais distante os problemas resolver-se-iam naturalmente.
No entanto estive sempre consciente de que te deveria compensar pelo facto, não estando presente diariamente, de saber que a minha presença te fazia imensa falta.

E hoje o que importa é que estou aqui contigo como sempre estiveste.
Como teu Pai e amigo…Até sempre meu Filho.

... " Pais para Sempre" ...

http://www.paisparasempre.eu

A Associação PAIS PARA SEMPRE é uma Organização Não-Governamental de âmbito nacional e Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sediada em Lisboa - Portugal, que tem por objectivo assegurar às Crianças e aos Pais a regularidade, o significado e a continuidade dos contactos dos filhos com os seus dois pais e com a restante família.

"
A Associação "Pais para Sempre" (APpS) foi fundada em Julho de 1998 por um grupo de pais, mães e técnicos das ciências jurídicas e sociais.
Surgiu da necessidade de se tentar garantir uma relação de grande proximidade de ambos os pais com os seus filhos depois de uma separação ou divórcio.
Volvidos que são 11 anos de existência a "necessidade" persiste.
Alguns passos foram dados. Pequenos e titubeantes! A opinião pública, na sua esmagadora maioria, já compreende que os Filhos têm o direito aos seus dois pais pai e mãe mesmo que estes não vivam ou deixem de viver em conjunto.
Foi, também, pelo trabalho desenvolvido pelos vários voluntários desta Associação, a que tenho a honra de presidir até à eleição e tomada de posse dos novos Órgãos Sociais, que, por exemplo, se viu o Legislador português alterar a Lei no sentido de fazer sentir aos Pais os seus deveres no exercício das Responsabilidades Parentais e em como é importante que esse Exercício seja Conjunto.
Mas há, ainda, um longo caminho a percorrer. Difícil e demorado.
Mas é a missão da APpS e o nosso dever e tarefa.
Ajudar os pais na sua difícil tarefa de exercerem a parentalidade, principalmente nos difíceis momentos da ruptura da vida conjugal.
Há, por exemplo, que erradicar os comportamentos que conduzam à alienação parental e retirar do pensamento jurídico as reminiscências que chamam de menores às Crianças e Jovens e que fala de direito de visita quando na realidade se trata do direito da Criança a manter relações pessoais.
Para isso há, também, que contribuir para que as Magistraturas possam estar devidamente preparadas nesta complexa área para bem decidirem e para promoverem junto dos progenitores o exercício conjunto duma parentalidade positiva em favor dos filhos. Papel determinante têm os juízes que temos de consciencializar para a necessidade de punirem os incumpridores e os alienadores.
E não podemos deixar de intervir junto dos restantes agentes, que pela profissão e/ou função podem contribuir para uma melhor e mais eficaz defesa dos direitos dos filhos, no caso, dos filhos de pais separados, como sejam os educadores de infância, os professores e demais educadores, os psicólogos, assistentes sociais, advogados, mediadores familiares, só para referir alguns.
As crianças filhas de pais separados têm direito aos seus dois pais e restante família.
Têm o direito a ser amadas por ambos e a livremente os amarem de igual modo à mãe e ao pai. Porque os pais são para sempre. "...

João Mouta Presidente da Direcção Triénio 2007-2009

quinta-feira, 18 de março de 2010

... " Eu sei, não te conheço mas existe " ...

Eu sei, não te conheço mas existes.
por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.

Não me perguntes como mas ainda me lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mão
se perfumaram depois a minha boca.

Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
ao é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti,
Porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma outra maneira de habitares
Em todas as palavras do meu canto.

Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre á tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.

Eu sei, não te conheço mas existes, de Joaquim Pessoa

... " Quem és tu "...

Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.

Quem és tu, de Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 17 de março de 2010

... " Um dia partirei " ...


No aeroporto sento-me diante do painel de embarque,
Fecho os olhos e desejo com toda a esperança
Cada um daqueles destinos...

Levanto-me...
Apanho um táxi,
Regresso a casa.

Deixo-me cair no sofá
E num tom de suspiro, cansado
Surruro: um dia partirei.

terça-feira, 16 de março de 2010

... "Sonhador "...


Hoje acordei num sonho que vivi,
Sentei-me em frente ao espelho e aqui estou,
Tentando explicar o que senti,
Querendo sair bem do nosso amor.

Lá fora a cidade,
Não pára de correr,
Mas dentro do meu quarto,
Eu sinto-me morrer.

Eu sei, tu foste o sonho, eu fui o sonhador,
Foi muito louco esse nosso amor,
Só que a saudade já não faz sentido,
Embora eu faça por esquecer,

Eu sei, tu foste o sonho, eu fui o sonhador,
Quando acordar não vou chorar de dor,
Porque a saudade já não faz sentido,
Tu foste o sonho, eu fui o sonhador.

Lá fora a chuva cai dentro de mim,
E a neve muito em breve vai tapar,
Pegadas dos teus passos no jardim,
Agora eu sei que tu não vais voltar.

Lá fora a cidade,
Não pára de correr,
Mas dentro do meu quarto,
Eu sinto-me morrer.

Eu sei, tu foste o sonho, eu fui o sonhador,
Foi muito louco esse nosso amor,
Mas a saudade já não faz sentido,
Embora eu faça por esquecer,

Eu sei, tu foste o sonho, eu fui o sonhador,
Quando acordar não vou chorar de dor,
Porque a saudade já não faz sentido,
Tu foste o sonho, eu fui o sonhador.

Sonhador - José Cid.

segunda-feira, 15 de março de 2010

... " Porquê Meu Amor Porquê? " ...


Porque me abriste a porta
Naquela noite de luar
E me estendeste a mão
Convidando a entrar
Porque falaste de amor
Porque falaste de ternura
Chorando no meu peito
Lágrimas de amargura
Porquê?
Porque entendeste o que não disse
Porque falaste o que não falei
Porque viste o que não vi
E choraste o que chorei
Porque despiste tua tristeza
Porque me deste o teu coração
Porque me abriste a porta
Ignoraste a tua mãoPorquê?
Porque entendeste o que não disse
Porque falaste o que não falei
Porque viste o que não vi
E choraste o que chorei
Porquê?
Porque despiste tua tristeza
Porque me deste o teu coração
Porque me abriste a porta
Ignoraste a tua mão
Porque me deste a mão
Num adeus de despedida
Porque aceitaste o meu amor
O sorriso que trazia
Porquê?
Porque me abriste a porta
Naquela noite de luar
E me estendeste a mão
Convidando a entrar
Porquê?, porquê ?

Composição: Maria de Lurdes Pinto

... " No Sabes Cuánto Te Quiero " ...


Está amaneciendo,
qué paz refleja tu cara
cuando duermes...

Ya es casi la hora
de empezar un nuevo día
y la verdadre
conozco que
no me gusta nada madrugar,
quizá sea esa la razón
por la que tengo
tan mal despertar

Te agradezco tanto
que cada mañana
me regales tu primera mirada
tu sonrisay que me digas:
buenos días, mi amor

Me encanta mirarte c
uando me preparas el café,
te preocupas tanto de lo mío
que se te olvida y no te importa,
que el tuyo se este quedando frió

Siempre piensas antes en mi
que en tí
siempre....

Y no sabes cuánto te quiero...

Necesito ese beso,
ese beso tuyo de ayer
de hoy, de siempre
ese beso que me das cuando me marcho
y cuando llego a casa
tarde, cansado y con problemas
y tú me recibes con los brazos abiertos.

Me ayudas, me oyes
y sobre todo me escuchas
y eso alivia mis penas.

Hoy desperté abrazado a ti,
me gusto tanto mirarte
tenías los ojos cerrados a la luz
y la mente abierta a los sueño
tu cuerpo... completamente desnudo
mis manos parecían tener alasse me escapaban
volaban hacia ti
te deseaban
y te acaricie de los pies a la cabeza...
una o otra vez

No sabes cuánto te quiero...

Hay veces que
no nos hacen falta ni las palabras
para entendernos,
nos basta con mirarnos,
y si por alguna tontería discutimos,
acabamos encontrándo
nos donde más cerca nos sentimos,
más unidos, nuestra cama

Si nos va bien o mal
yo a tu lado y tu al míoj
untos, fundidos como arena y cal
como agua del mismo río.

Hay quien no entiende este amor
que quien nos da la espalda
qué más nos da!
si tú y yo sabemos
que cuando nos conocimos
decidimos echar el ancla

Te he sentido tantas veces
cuando a media noche te levantas
me miras y me mimas como si aun fuera un crío
pareces adivinar que estoy sintiendo frío
y me echas otra manta

Me gusta cómo me tratas
y me gusta cómo me amas
eres el mejor regalo
que me dado la vida

No sabes cuánto te quiero...

Compartes todas mis cosas
todo lo que se puede sentir cuando de verdad se ama
en esos momentos de entrega
tuya y mía...
donde solo hay un testigo que nos mira,
calla y guarda nuestra intimidad...
nuestra cama...
.)
.)


quinta-feira, 11 de março de 2010

..." Uma vida inteira " ...

Neste nosso percurso de vida há pelo menos um dia
Em que sentimos que estamos a viver uma vida inteira

Nesse instante entendemos que é chegada a hora de gritar
Tão silenciosamente,
Que o nosso eco passa a ser ouvido só pelo vento...

terça-feira, 9 de março de 2010

... " Boa noite! "...


Hoje corri para ti...
Mas tu não estavas.

Queria que tudo fosse como no primeiro,
No início de tudo...

Sinto na alma o frio desta negra noite de inverno...
Sinto-me desesperadamente só,
Eu e estas quatro paredes nuas.

Tal como combinado,
Vou colocar o que sobra da nossa existência em cima da mesa da sala,
E após suster as lágrimas e pensar que o nó na garganta não existe,
Fecharei a porta sem olhar para trás.

Podia contar-te o quanto ambiciono um beijo,

Um abraço que me aconchegue,

Uma palavra amiga...


Mas não hoje... estou cansado.
Sinto que vou sucumbir ao desejo,
A muito formulado deste meu corpo...
E dormir...

Boa noite!


segunda-feira, 8 de março de 2010

... " Mon dieu "... - Edith Piaf


Meu Deus!
Meu Deus!
Meu Deus!
Deixe-o comigo
Mais um pouco
Meu namorado!
Um dia, dois dias, oito dias ...
Deixe-o comigo
Mais um pouco
Para mim ...

O tempo de se adorar
De se dizer
O tempo de se produzir
Lembranças
Meu Deus!
Oh sim, meu Deus!
Deixe-o comigo
Preencher um pouco
Minha vida ...

Meu Deus!
Meu Deus!
Meu Deus!
Deixe-o comigo
Mais um pouco
Meu namorado!
Seis meses, três meses, dois meses ...
Deixe-o comigo
Por somente
Um mês ...

O tempo de começar
Ou de terminar
O tempo de iluminar
Ou de sofrer
Meu Deus!
Meu Deus!
Meu Deus!
Mesmo que esteja errada
Deixe-o comigo
Um pouco ...
Mesmo que esteja errada
Deixe-o comigo

Mais um pouco

.)

.)



Composição: Michel Vaucaire/Charles Dumont


.)


.)


Mon Dieu!


Mon Dieu!


Mon Dieu!


Laissez-le-moi


Encore un peu


Mon amoureux!


Un jour, deux jours, huit jours...


Laissez-le-moi


Encore un peu


A moi...


Le temps de s'adorer


De se le dire


Le temps de se fabriquer


Des souvenirs.


Mon Dieu!


Oh oui... mon Dieu!


Laissez-le-moi


Remplir un peu


Ma vie...


Mon Dieu!


Mon Dieu!


Mon Dieu!


Laissez-le-moi


Encore un peu


Mon amoureux


Six mois, trois mois, deux mois...


Laissez-le-moi


Pour seulement


Un mois...


Le temps de commencer


Ou de finir


Le temps d'illuminer


Ou de souffrir


Mon Dieu!


Mon Dieu!


Mon Dieu!


Même si j'ai tort


Laissez-le-moi


Un peu...


Même si j'ai tort


Laissez-le-moi


Encore...

... " Silêncio e tanta gente " ...


Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedraOu um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

Letra e música: Maria Guinot
(vencedora do festival da cançao de 1984)

domingo, 7 de março de 2010

... " Momentos de felicidade " ...



Existem momentos na vida...

Em que achamos que vamos perder a capacidade de acreditar nas pessoas.

Que somos capazes de fazer aquilo que quisermos.

De que pudemos dar a volta a todas aquelas questões que parecem a partida incontornáveis.

Na noite de ontem li num blog, em que o seu autor dizia:
“ Por isso ainda há momentos na vida que nos fazem sorrir… “

Sou da opinião que nem sempre quando a nossa vida atinge o pico da felicidade, isso acontece por mero acaso, ou mesmo por via do destino.

Aquilo que sinto em relação à felicidade, sentimento tão ambicionado por todos, é que esta nem sempre nos cai do céu. Na maioria das vezes temos que correr atrás do que nos faz sentir bem, daquilo que nós cria uma sensação de plena satisfação. Temos que "trabalhar" para podermos dizer um dia “hoje eu estou feliz” e sentir essa felicidade como um sentimento absoluto mesmo que não eterno, mesmo que seja fugaz no tempo.

Para mim, hoje, a chave da felicidade reside no momento em que nos sentimos felizes com aquilo que temos e não com o que pudemos vir. Nesse instante aceitamo-nos como somos, em vez de querermos ser o oposto.

Com esta minha reflexão não pretendo defender que devemos deixar de ser ambiciosos, apenas defendo que não devemos viver em função dessa ambição como uma obsessão, temos de voltar aprender a apreciar o que nos faz feliz no nosso dia-a-dia, em vez de exigir que todos aqueles que se encontram à nossa volta sejam os seres perfeitos que tanto desejamos.

Viver um dia após o outro, e da melhor maneira possível, é hoje o meu lema.

Quem muito procura a Felicidade acaba por nunca a alcançar ou nunca saberá o verdadeiro significado dessa palavra.

"A felicidade não é um luxo: está em nós como nós próprios." Paul Claudel

..." Como dizia o Poeta " ... Vinicius de Moraes




Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão

Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho

sexta-feira, 5 de março de 2010

... "O telefone não tocou" ...




Hoje,
Acordei cansado,
Estou cansado,
Doem-me as palavras.

Esta noite,
Os olhos teimaram em não querer fechar-se,
Os sonhos pareciam labirintos de mar revolto.
Dormi cansado,
Afinal o problema,
A ideia distorcida,
A atitude imponderada,
Deixou de se fazer sentir.

Ontem,
Corri para o telefone,
Mas ele não tocou...








quinta-feira, 4 de março de 2010

... "The Road not Taken "... by Robert Frost




The Road not Taken - Robert Frost (by Alan Bates)



TWO roads diverged in a yellow wood,

And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood

And looked down one as far as I could

To where it bent in the undergrowth;


Then took the other, as just as fair,

And having perhaps the better claim,

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there

Had worn them really about the same,


And both that morning equally lay

In leaves no step had trodden black.

Oh, I kept the first for another day!

Yet knowing how way leads on to way,

I doubted if I should ever come back.


I shall be telling this with a sigh

Somewhere ages and ages hence:

Two roads diverged in a wood, and I

I took the one less traveled by,

And that has made all the difference.



A Estrada Não Tomada



Duas estradas bifurcaram num bosque no outono


E lamentando não poder por ambas caminhar


E ser um único viajante, por um tempo fiquei


E observei tão quanto podia


Até aonde na curva, sob arbustos sumia



Ai a outra tomei, justo assim ponderei,


E tendo talvez a melhor escolha


Por que havia erva a querer ser gasta;


Muito embora lá o tempo por elas igualmente passara,



E ambas repousavam naquela manhã,


Sob folhas que passo algum houvera violado.


Oh, a primeira para outro dia deixei!


E mesmo sabendo que uma estrada à outras levam,


Questionei se a volta um dia farei.



Deverei sobre isto com um suspiro falar anos e anos a frente em algum lugar:


Duas estradas bifurcaram num bosque, e


Eu – Escolhi a menos viajada,


E isso fez toda a diferença.

... "Invictus" ... by William Ernest Henley





Out of the night that covers me,


Black as the Pit from pole to pole,


I thank whatever gods may be


For my unconquerable soul.


In the fell clutch of circumstance


I have not winced nor cried aloud.


Under the bludgeonings of chance


My head is bloody, but unbowed.


Beyond this place of wrath and tears


Looms but the Horror of the shade,


And yet the menace of the years


Finds, and shall find, me unafraid.


It matters not how strait the gate,


How charged with punishments the scroll.


I am the master of my fate:


I am the captain of my soul.




William Ernest Henley




(by Alan Bates)


.)


Do fundo desta noite que persiste


A me envolver em breu - eterno e espesso,


A qualquer deus - se algum acaso existe,


Por mi’alma insubjugável agradeço.



Nas garras do destino e seus estragos,


Sob os golpes que o acaso atira e acerta,


Nunca me lamentei - e ainda trago


Minha cabeça - embora em sangue - ereta.



Além deste oceano de lamúria,


Somente o Horror das trevas se divisa;


Porém o tempo, a consumir-se em fúria,


Não me amedronta, nem me martiriza.



Por ser estreita a senda - eu não declino,


Nem por pesada a mão que o mundo espalma;


Eu sou dono e senhor do meu destino;


Eu sou o comandante da minha alma.


.)

... " Desta minha Janela " ...


Por vezes dou por mim a imaginar que do outro lado da janela deste meu quarto poderia estar uma rua bastante movimentada.
Uma rua repleta de pessoas a caminhar apressadamente pelos passeios dessas grandes avenidas, absortos nos seus estranhos pensamentos sem repararem em quem passa ao seu lado.

Poderia haver estradas com muito movimento e semáforos que condicionam o transito em qualquer dos sentidos.

Poderia haver magros e desleixados arrumadores que insistem em gesticular para quem quer estacionar como se estes não tivéssemos olhos na cara.

Poderia haver lojas e mais lojas que fazem sonhar com a atracão exercida pelos seus espaços publicitários, e buzinas que soam sem ninguém as pedir ou reclamar a sua falta.

Mas não.
Desta simples janela, do meu quarto, não observo nada disto.

Daqui observo apenas a serenidade de um sereno horizonte que se auto-suspendeu no tempo.

Mas no fundo eu,
Convivo bem com esta paisagem assim.

..." Há dias " ...


Hoje ao acordar deleitei-me,
Ao sentir o alivio de quem não tem horário marcado para nada,
Ao me sentir sozinho,
Entregue a mim mesmo,
Sem pressas,
Sem compromissos de qualquer espécie.

Há dias em que adoro,
Acordar sem aquele frenesim,
Sem aquele reboliço.
Adoro acordar rodeado pelos lençóis macios que me envolvem o meu corpo meio descoberto.
Saber que posso despertar sem pressa,
Acordar devagarinho,
Ao meu ritmo.
Saborear aquele terno aconchego,
Aquele doce calor,
Aquele silencio…
Até me cansar de estar deitado.

Há dias que gosto,
De sentir toda esta velha cama somente para mim,
Sem partilhas,
Sem o calor de um outro corpo ao lado.

Nesses dias imagino,
Que acaricio a tua pele,
Que sinto odor do teu corpo a gel de banho,
O sabor salgado da tua pele suave,
Que vislumbro o teu corpo coberto por uma minúscula peça de roupa,
Que te agarro e sucumbo na atracção que esse teu corpo imana.

Mas hoje prefiro,
Não ter de pensar no que vou fazer daqui a umas horas,
Hoje simplesmente não me apetece pensar,
Planear,
Hoje apenas me apetece saborear este momento…

Lá fora a vida corre,
Indiferente a este meu estado de espírito.
Mas eu enrolo-me ainda mais nestes meus meigos lençóis.
Sinto-me envolver por aquela doce preguiça
E no silencio que reina neste lado oposto da janela.

Lá fora o dia acorda,
Os raios de luz invadem os vidros,
E eu não resisto a ficar mais tempo sozinho,
A minha imaginação vai novamente buscar-te para perto de mim…

Há dias,
Em que necessito de uma manhã assim,
Apenas minha …
Mas contigo, sempre, no meu pensamento.

... "Doce loucura"...


Sabes,...

Enlouqueces-me,
Por dentro,
Por fora,
A toda,
E toda a hora

De uma forma sobre natural,
Desenfreada.

E neste meu estado,
Permanente,
De loucura,
Por ti,
E por nós.

Ouço uma voz,
Que me diz:
Avança!
Que me sussurra,
e que nós faz desejar,
estar completamente sós.

Quando os nossos dois corpos,
Se juntam,
Se unem,
Se fundem ,
Algo me diz:
Que não podemos fugir de nós.
É por ti.
Que hoje aqui estou.

Sinto-me hoje,
Agora,
Neste momento,
Mais do que nunca,
Teu.

Eu sei,
Que no fundo sempre soubeste,
Que tu és,
O meu doce tormento.

Que vives,
E revives em mim,
Mesmo quando,
Não estás aqui!

... " Acertar o passo com o destino" ...




Hoje,...
Quero somente um canto aonde te possa arrumar.
Um sitio aonde te possa proteger da intempérie,
Deste mau tempo que se avizinha.

Hoje,...
Luto contra a maré que teima em bater, insistentemente, contra as rochas.
Luto contra está bola de ar que tenta eclodir no meu peito... e me asfixia.
Luto contra o inevitável que se aproxima.
Luto contra a injustiça que surge ao virar de cada esquina.
Luto contra aquela parte da vida, que teima em quer que eu me afaste de ti...

Hoje o que me move, ...
É saber que quando estiveres protegida,
A paz se vai instalar, novamente, em mim...

Nesse dia sei que nada te poderá atingir...

E eu,
Acertarei o passo com o destino...